Antigo presidente da África do Sul e Prémio Nobel da Paz que morreu esta quinta-feira em Pretória foi um defensor do desporto como arma contra o apartheid.
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Faleceu esta quinta-feira, na sua residência em Pretória, após um longo período de luta contra problemas respiratórios, Nelson Mandela, de 95 anos, antigo presidente da África do Sul e Prémio Nobel da Paz, figura ímpar da política mundial e um homem de destaque no desporto, através do qual também combateu o apartheid e recolocou o país nos palcos das grandes competições.
Primeiro presidente da África do Sul eleito, em 1994, através de voto universal, Nelson Mandela foi o grande obreiro da conquista da organização do Mundial de râguebi para o país, quando este, na sequência do apartheid, estava vetado das grandes competições internacionais, mesmo sendo uma reconhecida potência da modalidade. Mandela aproveitou, então, a realização do evento para unir o país, convencendo a maioria negra a apoiar os Springbooks. Ficou célebre a surpreendente vitória frente à poderosa Nova Zelândia. E em 2006, em França, a África do Sul, apadrinhada por Madiba, como Mandela carinhosamente era tratado, sagrou-se campeã mundial de râguebi.
No futebol, a África do Sul não só venceu, em 1996, a Taça das Nações Africanas como ainda conquistou, em 2004, o direito de organizar o Mundial'2010, que marcou, já com a saúde bastante debilitada, a última aparição pública de Nelson Mandela.