Atleta mostrou no domingo, frente ao Sevilha, ter já uma boa condição física. Pressionou alto, recuperou bolas no meio-campo rival e destacou-se nos passes no último terço.
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Morita substituiu Ugarte no domingo e depressa mostrou credenciais no meio-campo do Sporting.
O JOGO analisou a exibição do japonês, a primeira em frente aos adeptos leoninos desde que foi contratado ao Santa Clara, e os indicadores sustentam que, tanto a defender como a atacar, o camisola 5 esteve perto dos níveis de 2021/22, embora, naturalmente, estejamos só a falar de uma partida.
Sem bola, Morita igualou médias da temporada anterior: ganhou três duelos defensivos e recuperou oito bolas, fazendo ainda mais quatro interceções, registos iguais ao somatório por jogo ao serviço dos açorianos. O centrocampista foi decisivo para que o Sporting encostasse o Sevilha à sua linha defensiva na etapa final, ao fazer da pressão alta. Trancou mesmo a saída de bola dos sevilhanos e das suas oito recuperações, sete foram no meio-campo adversário. Em 2021/22, pelo Santa Clara, só por uma vez tinha conseguido sete recuperações na zona defensiva rival (Portimonense). Este dado é significativo por ser obtido jogando apenas 66 minutos ante o Sevilha.
Com bola, Morita deu uma ótima resposta, assumindo-se influente na construção de jogo ofensivo. Fez 24 (em 27) passes certos. E correu riscos: fez sete passes para o último terço e acertou seis. Realizou ainda dois passes longos certos, consolidando dois contra-ataques perigosos. Num destes lançou Porro que, por sua vez, colocaria Pedro Gonçalves em situação ideal para o remate.
Face à situação de Ugarte, que padece de uma lombalgia, e também a alguma fadiga mostrada por Matheus Nunes, Morita apresentou-se numa forma muito aceitável e dentro das ideias do técnico, razões pelas quais pode ser uma opção em Braga, na estreia no campeonato.