Declarações de Moreno, treinador do V. Guimarães, na antevisão ao jogo com o Puskás Akadémia, da Hungria, da primeira mão da segunda pré-eliminatória da Conference League. Partida com início às 20h30 de quinta-feira, no Minho.
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Dificuldades: "Tranquilizar o grupo e fazê-los perceber que temos qualidade. Vamos ter um jogo muito difícil pela frente, com uma equipa muito organizada, muito competitiva, que está a competir num campeonato que tem crescido muito. Se repararem nos resultados que a seleção húngara tem feito, contra Inglaterra, Alemanha, percebem o crescimento que aquele campeonato tem tido. Esta equipa com a qual vamos competir, amanhã, tem internacionais húngaros, e só por aí dá para perceber a dificuldade do jogo. Ao mesmo tempo, fizemos perceber aos atletas que nós somos o Vitória, que estamos identificados com aquilo que vamos encontrar, mas, se formos nós próprios, se eles forem tranquilos para dentro do campo, se deitarem cá para fora a qualidade que têm, com o conforto e a paixão que virão da bancada, acredito muito, mas mesmo muito, que vamos fazer um bom jogo e ganhar."
Adversário: "Fizemos uma observação do adversário e estamos preparados para tudo. Acreditamos que é uma equipa que vai jogar muito compacta. Tem uma referência na frente, um jogador possante, que segura muito bem a bola; vai explorar muito a transição ofensiva e estamos preparados para isso. Mas, mais do que nos focarmos exageradamente no adversário, tivemos um trabalho no sentido de nos focarmos muito em nós, de fazer perceber aos nossos atletas que, dentro das dificuldades que vamos encontrar no jogo, temos condições para passar por cima delas, fazer um bom jogo e ganhar. Acreditamos que o Puskás não virá num bloco muito largo. Vão estar muito juntos, e acreditamos também que isso é um pouco a estratégia deles, porque se sentem confortáveis nesse momento do jogo. Aqui é onde peço muito equilíbrio mental à nossa equipa: saber que, no momento de perda de bola, terá de haver uma reação muito forte, manter-nos equilibrados cá atrás, porque isso é essencial para o jogo de amanhã; perceber que o jogo tem 90, 93 minutos e que para se ganhar não é nos primeiros, pode-se ganhar nos últimos. Temos é de ser sempre muito equilibrados, a todos os níveis, tático, mental. Essa foi uma preparação que fizemos com os atletas e sinto-me, mas sinto-me mesmo muito confortável para o jogo de amanhã. Porque foram os sinais que os atletas nos deram, nestes seis, sete dias de trabalho. Foi o que passaram para nós, equipa técnica, claramente."
Valor de mercado do Puskás Akadémia é de 10M€, o do Vitória é de 40M€. Favorito? "Imaginei que fizessem essa pergunta e vou-vos ser muito sincero: ligo muito pouco a isso de favoritismos, percentagens, valores de mercado... Ligo muito pouco, para não dizer quase nada. É um jogo de futebol, é lá dentro que se vê quem é melhor e é lá que a gente tem de provar que é melhor."
André Almeida: "André Almeida é para jogar, está convocado, faz parte do grupo, assim como 27 elementos em quem nós, equipa técnica, temos confiança total. Esta questão de mercado... Isto foi tão rápido que nem deu para desfocar. O foco foi só a preparação do jogo, fazer-lhes perceber que representam um clube grande, que vão ter um ambiente bom no nosso estádio, dar-lhes esta tranquilidade para fazerem aquilo que melhor sabem, que é jogar à bola."
Preparação: "Estamos preparados para todos os momentos de jogo: bola parada, jogo por fora, jogo interior... conseguimos ter tempo para preparar a equipa para tudo isso,. Depois, é um jogo de futebol. Sinto a equipa com uma vontade tão grande de ir lá para dentro e jogar bem! E sinto outra coisa na nossa equipa. Sinto uma maturidade que não é muito normal em função da nossa média de idades. Já sinto uma maturidade no grupo que eles vão estar preparados para todos os momentos de jogo. Conseguimos preparar tudo isso, bola parada ofensiva, bola parada defensiva, o rigor, o compromisso que precisamos ter nesse momento, a coragem que precisamos ter de jogar entre linhas e os nossos médios pedirem a bola nas costas dos médios adversários; o espaço vai ser reduzido, mas nós provocámos os nossos atletas para terem essa coragem, tudo isso conseguimos preparar. Se vamos conseguir ou não... os únicos que não falham somos nós, que temos cá fora. Os atletas que estão lá dentro podem falhar um passe, uma receção, isso é normal. Esta foi a mensagem que a equipa técnica lhes passou para os tranquilizar, para eles fazerem aquilo que eles sabem, que é jogar à bola."
Cunho pessoal: "Disse aqui, no dia da apresentação, que seria parvoíce nossa chegarmos cá e, após quatro, cinco unidades de treino fazermos aqui uma revolução. Não vai acontecer nada disso. É muito daquilo que tinha sido feito pelo mister Pepa, de uma forma muito competente. Agora, não vos escondo que há coisas que são nossas, tivemos tempo para isso e acredito que a equipa vai conseguir fazer isso dentro do jogo."
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