Sporting perdeu pontos em seis jogos, três deles frente a equipas que compõem o fundo da classificação.
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A 24ª jornada do campeonato marca o reencontro do Sporting com o Moreirense, a primeira de seis equipas que até ao momento lhe provocaram o desperdício de pontos. O balanço é simples mas esclarecedor: se as igualdades ante FC Porto (0-0), Benfica (1-1) e Braga (2-2) são "atenuadas" por estarmos a falar de três dos primeiros quatro classificados, as quedas precisamente contra os cónegos (1-1), V. Setúbal (1-1) e Estoril (0-2) representam a fuga de sete pontos contra três equipas que compõem a cauda da classificação - e duas delas estão em zona de despromoção. E vencendo estes embates, "a priori" mais acessíveis, os leões partilhariam a liderança com o rival FC Porto.
É unânime entre os treinadores dos três grandes que à medida que a competição avança, os pontos se tornam mais "caros"; Rui Vitória, timoneiro do Benfica, disse-o já na segunda volta, e o próprio Jorge Jesus assumiu-o diversas vezes ao longo de todo o seu percurso em Alvalade. Quando restam 11 jogos para o término da prioridade da temporada, ao leão torna-se expressamente proibido perder mais pontos, pois a meta é recuperar os cinco que tem de desvantagem em relação ao líder do campeonato, o FC Porto, com o qual tem encontro marcado depois da receção à formação dirigida por Petit.
Esta espécie de "alergia" aos embates onde os pontos parecem ganhar valor extra está a ter impacto esta época, mas também o teve há dois anos, quando o Sporting já de Jesus disputou o título até à derradeira jornada. Veja-se, por exemplo, quem infligiu a primeira derrota ao leão em 2015/16 - o União da Madeira, na Choupana (0-1), a fechar a primeira volta do campeonato. Nesse ano, contaram-se ainda outros deslizes, como frente a Paços (1-1) e Tondela (2-2) em casa, ou ante o Boavista (0-0), fora. Pontos que... teriam consagrado o Sporting.