Mora tem o topo na mira: cláusula de rescisão vai aproximar-se à de Samu e William
“Blindagem” do criativo é a quinta mais alta do plantel. Desejada renovação vai colocá-lo a par de William ou Samu. Valor de 67 M€, revelado por Villas-Boas a O JOGO/JN, só é superado pelas verbas estipuladas nos vínculos do ponta-de-lança, do extremo, de Diogo Costa e de Pepê. Rodrigo faz 18 anos em maio.
Corpo do artigo
A revelação de que a SAD do FC Porto já colocou em marcha o processo de renovação de Rodrigo Mora, feita por André Villas-Boas na entrevista que concedeu a O JOGO e ao JN, gerou uma onda de entusiasmo no universo azul e branco e promete tornar o jovem criativo num dos ativos mais caros do clube. A cláusula de rescisão atual, que, segundo o presidente dos dragões, já toca nos 67 milhões de euros (M€), é a quinta mais alta do plantel (ver infografia), sendo apenas superada pelas de Samu, William Gomes, Diogo Costa e Pepê. Porém, concretizando-se a prorrogação do contrato, a desejada subida desse valor para o patamar dos 80 M€ ou dos 100 M€ colocará a pérola do Olival ao nível do extremo brasileiro ou do ponta-de-lança espanhol. Ou seja, a par das duas “blindagens” mais elevadas.
O vínculo que liga Mora ao FC Porto é válido até 30 de junho de 2027, mas, assim que fizer 18 anos – a 5 de maio –, ficará legalmente apto a prolongá-lo. Essa é a intenção da estrutura portista, que, até ver, tem passado por entre os “pingos da chuva” no que toca à materialização do apetite dos tubarões europeus pelo camisola 86. Contudo, a Imprensa internacional já deu conta do agrado que o médio-ofensivo gera no seio de emblemas como Manchester United e PSG. No caso do campeão francês, o português Luís Campos, diretor desportivo, será particular apreciador das qualidades de Rodrigo.
Certo é que, mesmo sem ter renovado, Mora já apresenta uma cláusula de rescisão de respeito, resultante, como O JOGO noticiou em dezembro de 2024, do cumprimento de objetivos individuais que ficaram acordados aquando da última extensão de contrato, no verão do ano passado e já sob a presidência de Villas-Boas e da atual cúpula do futebol portista. Os 67 M€ que protegem os interesses do FC Porto relativamente ao jovem criativo elevam-se sobre as cláusulas de outras peças fundamentais para Martín Anselmi, como, por exemplo, Alan Varela (65 M€). Outras jovens promessas do elenco azul e branco, como Tomás Pérez (60 M€), Martim Fernandes (60 M€) e Deniz Gul (50 M€), entre outros, também estão abaixo de Rodrigo Mora no que toca à cláusula.
De resto, as palavras de André Villas-Boas deixam claro que o FC Porto tem um plano bem definido: manter o jovem prodígio às ordens de Anselmi na próxima temporada, assustando os colossos do futebol europeu com uma “blindagem” renovada. Até porque, como referiu o líder dos dragões, “será impossível alguém pagar 80 a 100 M€, porque ninguém tem essa liquidez”. No final da época, o FC Porto até pode vender, mas, no caso de Rodrigo Mora, a ideia é fechar a porta.