Dirigentes leoninos e, em especial, Rúben Amorim estão satisfeitos com a resposta dada e redefinem os planos.
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O sentimento de satisfação em Alvalade com o rendimento dos jogadores mais jovens que foram integrados no plantel principal na retoma competitiva após o período de confinamento - devido à pandemia covid-19 - é transversal a toda a estrutura do futebol profissional, em particular do técnico Rúben Amorim, e, mantendo-se desta forma, terá reflexos na abordagem leonina ao mercado.
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Segundo O JOGO apurou, o facto dos seis jovens jogadores promovidos - concretamente Eduardo Quaresma, Gonçalo Inácio, Nuno Mendes, Matheus Nunes, Joelson Fernandes e Tiago Tomás - terem vindo a dar respostas competitivas, primeiro em treino e na sua maioria em jogo (exceção a Gonçalo Inácio que não se estreou pela equipa principal), levam a que os dirigentes leoninos reconfigurem as necessidades de reforço do plantel, isto mediante, naturalmente, as limitações financeiras a que o clube está sujeito neste contexto pandémico.
Para muitos poderá não ser significativo, mas, por exemplo, o nome de Eduardo Quaresma e a forma como este mostrou-se no lado direito do trio de centrais que Rúben Amorim tem escalado, deixou, desde logo a certeza de que a necessidade de avançar para um atleta para tal posicionamento não se enquadra no lote de necessidades. Isto quando o plantel ainda tem incorporado um atleta com a experiência de Neto, que foi titular em Moreira de Cónegos.
Eduardo Quaresma, Matheus Nunes e Nuno Mendes são os nomes maiores entre os seis jovens puxados para o elenco principal. Este lote tem justificado a aposta e atenua necessidades
Outro caso paradigmático, que surgiu no onze no primeiro desafio pós-retoma, concretamente em Guimarães, foi o médio Matheus Nunes, o mais velho dos seis com 21 anos. O jovem brasileiro descoberto nas fileiras do Estoril reduziu substancialmente a necessidade de olhar para mais do que um médio na reabertura do mercado de transferências, pegando de estaca, maioritariamente em dupla com Wendel.
Battaglia, um dos mais experientes do plantel, como o nosso jornal oportunamente deu conta, poderá sair mediante uma oferta adequada para a SAD. O mesmo raciocínio está subjacente a Nuno Mendes e Acuña. Sobejamente elogiado internamente pela sua qualidade e um dos principais ativos do plantel no mercado, o internacional argentino poderá ser transferido em breve, mas em Alvalade já se vê Nuno Mendes como um atleta com capacidade e potencial para no imediato assumir as rédeas do corredor, como se tem visto nos últimos jogos em que o argentino esteve indisponível por questões de ordem física. Claro que a saída de Acuña levará sempre, sabe o nosso jornal, ao reforço do posto, mas a prioridade poderá passar por um atleta de menor perfil e encargo para os leões.
Jovane a afirmar-se e Joelson para crescer
Jovane tem sido um dos destaques da equipa neste período competitivo, afastando a ideia de uma saída, ainda que em Inglaterra haja quem o aprecie. O facto do extremo estar a afirmar-se na equipa, juntando-se a Gonzalo Plata, Rafael Camacho e o lesionado Vietto, ajuda Rúben Amorim a fixar o lote de atletas para essa posição, em que Joelson Fernandes surge como outsider e, fruto ainda dos seus 17 anos, como um atleta com perfil de crescimento. A entrada de um extremo já é objeto de mais do que uma simples reflexão, no seio da estrutura do futebol profissional, dedicada a outras posições.