Al Hilal continua a colocar mais milhões em cima da mesa na tentativa de atrair o atacante do FC Porto, que se mantém empenhado em prosseguir o sonho europeu. Processo tem a ajuda de Jorge Mendes.
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Como se as quatro épocas sempre a marcar mais de 20 golos em Portugal, o forte contributo para os seis títulos conquistados pelo FC Porto nas últimas duas temporadas e o estatuto de melhor marcador desta edição do campeonato não fossem suficientes para atrair o mercado, Taremi fechou 2022/23 com nota alta e acrescentou mais uns condimentos para aguçar o apetite dos potenciais interessados.
O avançado foi decisivo na vitória do Irão na Taça das Nações da Ásia Central (CAFA), realizando uma assistência para o golo solitário de Azmoun na final com o Uzbequistão, e levou para casa os galardões de melhor jogador e melhor marcador (seis golos) do torneio.
Um desfecho esperado, tendo em conta o nível das seleções envolvidas, mas que, ainda assim, reforça a grande época efetuada pelo internacional iraniano, que tem tentado resistir ao forte assédio dos árabes do Al Hilal de há uns meses a esta parte.
À semelhança do que sucede com Sérgio Conceição, também com Taremi o maior argumento colocado em cima da mesa pelo clube de Riade é o dinheiro. Em abril, a Imprensa iraniana garantia que os valores propostos por três épocas de contrato rondavam os nove milhões de euros, embora esse factor esteja longe de ser dos mais pesados na hora do avançado decidir o futuro. Mehdi continua a preferir dar continuidade ao sonho europeu, de preferência num campeonato com maior visibilidade do que o português, uma vez que está prestes a atingir os 31 anos e a passagem pelo Catar no passado já lhe deu segurança financeira suficiente para encarar o pós-carreira.
Tendo em conta a fragilidade da ligação contratual de Taremi ao FC Porto, que expira no próximo ano, O JOGO sabe que Jorge Mendes foi colocado a par da abertura da SAD para negociar o atacante... pelos valores certos. O Milan foi o primeiro "gigante" a movimentar-se, embora a alegada disponibilidade para pagar apenas 10 M€ para o levar seja considerada manifestamente curta. Os dragões pretendem, no mínimo, o dobro dessa quantia, o que poderia tornar um pouco mais atrativo um eventual retorno. Os azuis e brancos só têm 85 % dos direitos económicos de Mehdi - a percentagem remanescente pertence ao atleta - e bastar-lhe-ia ajudar a equipa a chegar aos oitavos de final da Liga dos Campeões em 2023/24, por exemplo, para o lucro da sociedade ser superior.