Sunderland junta-se aos axadrezados para tentarem provar que o erro não foi dos clubes e que estava tudo OK com a transferência do guarda-redes internacional português
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Sunderland junta-se aos axadrezados para tentarem provar que o erro não foi dos clubes e que estava tudo OK com a transferência do guarda-redes internacional português
Michael Simões Domingues, o Mika de quem aqui se fala, treinou ontem de manhã no Estádio do Leça com os restantes companheiros (o Bessa esteve "interdito" por estar reservado para o Portugal-Gibraltar) mas não era isso que devia ter acontecido. O internacional português, 25 anos, devia ter seguido ontem de manhã para Inglaterra para fazer exames médicos e ser apresentado no Sunderland, clube também conhecido por black cats e com quem iria assinar por duas épocas. O estado de espírito do guarda-redes não era naturalmente o melhor. A transferência do jogador para a Premier League estava acertada entre Boavista e Sunderland. Os dois clubes garantem que fizeram tudo dentro dos prazos regulamentares, mas algo falhou. O serviço conhecido por TMS ( que "carimba" os certificados internacionais) não funcionou como devia e o resultado foi uma transferência lamentavelmente abortada. Os clubes defendem-se e ilibam-se de culpas, tanto que decidiram reportar a situação às respetivas federações nacionais, que agora unirão esforços para pedir à FIFA que seja sensível e resolva o problema, que já de si é complicado, mas que para uma e outra equipa é ainda mais delicado porque se trata de um guarda-redes.
É mais uma aliança entre portugueses e ingleses, mas esta para tentar resolver o que aparentemente foi um erro informático. A ideia é tentar que a FIFA perceba isso e Mika possa rumar aos black cats
Mika é, naturalmente, o mais prejudicado, porque jogar na Premier League não está ao alcance de todos. O Boavista, com o consentimento do Benfica, que detém 50% do passe do jogador, acertou tudo com o Sunderland e enviou toda a documentação necessária em tempo útil. É o que diz o clube, sem revelar, no entanto, os valores que estão aqui em causa, mas que serão sempre simpáticos para o clube portuense, uma vez que Mika tem uma cláusula de rescisão de 3,5 milhões de euros. Menos do que este valor (embora a dividir com o Benfica) não há de ter sido. A esperança agora mora na capacidade de provar que tudo foi feito dentro das normas e que a culpa foi mesmo de um qualquer problema informático. Para o jogador será a única forma de não ver destruído um sonho bonito. O apelo feito por Boavista e Sunderland já seguiu ontem.