Herói frente ao FC Porto, Miguel Vieira alegra amigos na China e nos Estados Unidos

Miguel Vieira não é de falar muito, é do tipo de pessoa que mostra mais pelas ações do que pelas palavras. Os recentes desempenhos frente ao Benfica e ao FC Porto são demonstrativos das suas capacidades como defesa, dotado, também, de talento para marcar. Esta época já vai em três golos e está a um de igualar ao seu melhor registo em provas profissionais, ao serviço do Aves, na época 2014/15. Essa foi uma excelente temporada para Miguel Vieira, que chamou a atenção do Paços de Ferreira.

Os holofotes voltaram-se, de novo, para o amarantino, no domingo, e com muitos aplausos nas bancadas, depois de ter colocado os pacenses em vantagem sobre o FC Porto. "Os festejos saíram naturalmente", disse Miguel Vieira, ainda com as emoções ao rubro no final de um importante triunfo por 1-0 que retirou o Paços de Ferreira do fundo da classificação. Estava, obviamente, "feliz", sobretudo pelo facto de a equipa "ter mantido a humildade e ter sabido sofrer".

À distância, na China, Fernando Valente regozijou-se com o feito alcançado por Miguel Vieira, que ele conhece como poucos, não tivesse sido ele o seu treinador em duas fases distintas da carreira: no Espinho, onde enfrentaram um longo incumprimento salarial, e no Aves, clube onde ambos deram cartas. "Não há dúvidas que nesta hora sentimos um orgulho enorme, principalmente quando por trás de um grande jogador está um miúdo fantástico, que lutou muito e sempre acreditou que chegaria onde chegou, apesar de eu acreditar que não ficará por aqui", atirou o atual treinador da equipa sub-19 dos chineses do Shandong Luneng Taishan.

Há amizades cujos laços resistem à separação, como provou Mike da Fonte, um luso-americano que partilhou os tempos de escassez com Miguel Vieira, no Espinho, e voltou para os Estados Unidos. Já não se veem há uns anitos, mas Mike fez questão de mostrar na sua página de Facebook as imagens do golo do amigo "raccoon", que em português significa... guaxinim.