Miguel Ribeiro visa arbitragem no Boavista-Famalicão: "Não estando aqui o presidente do FC Porto, Benfica ou Sporting..."
Declarações de Miguel Ribeiro, presidente da SAD do Famalicão, criticando a arbitragem do jogo com o Boavista
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Tranquilidade e competência: "Percebo que não estando aqui o presidente do FC Porto, do Benfica ou Sporting, isto poderá não ter o mesmo espaço, mas a verdade é que isto é um apelo. Um apelo à tranquilidade e à competência. Penso que elas podem andar juntas, a tranquilidade e a competência, e o que estamos a viver hoje é uma falta clara de tranquilidade do que aqui se passou hoje."
Más decisões de arbitragem: "Um conjunto enorme de faltas, de disputas, de más decisões, levando o jogo para o caos, que já não é a primeira vez. Em Vila do Conde, temos um penálti a acabar o jogo que o VAR reverteu, quando estamos a falar de uma clara decisão de árbitro. Hoje, assistimos a uma absoluta intranquilidade todo o jogo, decisões erradas, faltas, porque depois poderemos levar sempre para aqueles lances capitais de golos e penáltis e parece que o jogo é só isso, e o jogo é mais do que isso."
Um apelo: "O apelo que faço é a Federação Portuguesa de Futebol e a Liga, porque sendo certo que a Liga não tem no seu edifício o Conselho de arbitragem e o Conselho de disciplina, é algo que na minha opinião, que nos coloca numa situação um pouco precária, e isto também contribuiu para toda esta instabilidade que estamos a viver. Esta intranquilidade que nos leva a jogos como aos de hoje e outros e vemos que o nosso futebol anda à volta das equipas de arbitragem e das suas decisões. E de facto, esta intranquilidade que está a tirar competência, e hoje o Famalicão foi prejudicado e já o tem sido."
Insatisfação: "Entendo que também devemos publicamente demonstrar a nossa insatisfação para o estado atual, porque poderíamos fazê-lo nos gabinetes, mas penso que isto não há nada a esconder. A nossa insatisfação é clara, é pública e a nossa insatisfação decorre do que vimos hoje, do que vimos noutros jogos e decorre desta intranquilidade e instabilidade que trazem uma absoluta insegurança de quem está a arbitrar."
A terceira equipa: "Isto não pode ser, porque temos duas equipas a competir e bem, e há uma terceira equipa que está aqui apenas para ajuizar os lances e não para ser parte decisiva no resultado final. Já não é a primeira vez que acontece, apenas em sete jornadas passadas reconheço que está a ser demais, e nós temos um caminho pela frente longo. O nosso apelo hoje fica muito claro como um apelo para tranquilidade e competência, como está não podemos continuar."
Tranquilidade e competência: "Famalicão é um clube que desde que chegou à I Liga que pauta sempre na sua conduta por estes dois pontos, tranquilidade e competência, e vai mantê-lo. Atesta tudo o que temos feito por nós e pelo futebol português, e nessa medida o apelo que faço e volto a referi-lo é que a tranquilidade e a competência voltem para o futebol português, caso contrário será jogo após jogo, fim de semana após fim de semana, mergulhar no absoluto caos que leva a nossa marca para um patamar extremamente negativo."
Os desafios do futebol português: "Temos vários desafios pela frente, temos direitos televisivos para serem centralizados, temos uma marca para fazer crescer, temos um futebol português para fazer crescer, e infelizmente este clima dá-nos um rótulo extremamente negativo. Não nos podemos rever, jogo após jogo, no caos que estamos a viver, e é muito claro que sete jornadas passadas não conseguimos dizer quem joga bem e quem joga mal, só conseguimos falar de arbitragem. Foram atores principais num filme que o papel deles não é ser atores principais".
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Falta de competência que parece sinalizar é apenas exclusiva das equipas de arbitragem?
"Como eu disse, a primeira palavra que falei foi tranquilidade e quero crer que o campo da competência que estamos a viver hoje advém da intranquilidade que estamos a viver. Por isso, refiro e reitero o que aqui disso, apelo à tranquilidade e competência. Quero crer que a competência virá com a tranquilidade, porque de boa-fé, como o disso, acredito nos árbitros e na arbitragem. Apelo à tranquilidade e à competência e que essa tranquilidade traga competência, porque o clima é demasiado instável e intranquilo para eu hoje avaliar com justiça o campo da competência sem eu ter também a tranquilidade. Apelo que os órgãos, quem decide e quem tem poder para que coloque no nosso futebol tranquilidade e que essa tranquilidade exija competência."
Expulsões de Cádiz e de Chiquinho
"Não faço ideia das expulsões. Vi o jogo da tribuna, por isso não sei o porquê. Admiraram-me naturalmente, mas há aqui um ponto de coerência, porque esta intranquilidade desde os primeiros minutos, teve se calhar o ponto máximo nos lances dos cartões vermelhos, absolutamente evitáveis e escusados. Passar para um patamar de protagonista um lance de pós-golo, em que é obvio que estão homens a jogar, homens a arbitrar e se estamos a entrar no campo do by the book, vamos ter, se calhar, de pôr o VAR de Lisboa a apitar e usar as colunas de som aqui para marcar as faltas. Estar a apitar com este tipo de adiamento pessoal e emocional do jogo acho que revela o que eu disse até agora sobre clima que estes homens estão a trabalhar."