Agente garante que não foi notificado de qualquer investigação e classifica as declarações de Edgar Costa como infelizes e contraditórias
Corpo do artigo
O agente Miguel Pinho reiterou, esta quinta-feira, a inexistência de qualquer acusação contra o próprio na sequência do caso dos emails do Benfica. Num comunicado enviado às redações, o empresário diz ser “absolutamente falso” as alegadas abordagens a Edgar Costa para “falsear o resultado” de um jogo com os encarnados em 2016, quando este representava o Marítimo.
Pinho classifica as declarações prestadas pelo extremo como “infelizes” e “contraditórias”, que “só podem resultar de um equívoco”, porque, sublinha, “não têm apoio em qualquer outro indício ou prova”.
Assim, o fundador da agência Positionumber garante que vai avançar com “um processo-crime por difamação”, por entender que as notícias vindas a público nos últimos dias, sobre uma alegada investigação sobre a qual diz não ter sido notificado, são um atentado à própria “honra e dignidade”.
Comunicado de Miguel Pinho na íntegra
Relativamente às notícias que têm saindo com referência a uma acusação de corrupção pela abordagem de um jogador para falsear um resultado desportivo e ainda aos comentários que têm sido produzidos a esse propósito, impõe-se esclarecer o seguinte:
1- É absolutamente falso que eu tenha abordado qualquer jogador para qualquer efeito relacionado com a sua prestação profissional, e muito menos para falsear o resultado de qualquer jogo;
2- É absolutamente falso que exista qualquer acusação criminal contra mim;
3- O Ministério Público já deu como assente que não existe qualquer indício de que o Benfica me tenha pedido para contactar o jogador em causa, tendo já arquivado esse mesmo processo contra o Benfica;
4- O que parece restar (aparentemente, porque eu não fui notificado de nada) é uma investigação assente exclusivamente em declarações desse jogador, infelizes, contraditórias, e que só podem resultar de um equívoco, pois não têm apoio em qualquer outro indício ou prova;
5- Assim, e porque é falso e manifestamente atentatório da minha honra e dignidade, irei intentar um processo-crime por difamação a todos aqueles que erroneamente difundiram ou vierem a difundir que fui acusado da prática de um crime de corrupção;
6- De igual forma irei também intentar um processo-crime por difamação a todos os comentadores que, sem apoio em qualquer indício, prova e, muito menos, factos têm, com soberba, afirmado que recebi dinheiro do Benfica para contactar este ou qualquer jogador.