Mercado provoca divisões: Amorim quer reforçar quatro postos, Varandas põe travão
Amorim ainda quer um novo "6", um médio para romper linhas e um ala desequilibrador. Varandas ataca o avançado.
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Há uma divisão no que toca à política de reforço do plantel do Sporting, sabe O JOGO
Rúben Amorim não alterou a mensagem junto do presidente Frederico Varandas e Hugo Viana, diretor desportivo, e mantém a vontade de ter um lateral direito, para concorrer com Ricardo Esgaio, que seja desequilibrador e capaz de dar propensão ofensiva; e um novo médio-centro que rompa linhas, como Matheus Nunes fazia, é um pedido antigo.
Para finalizar, a saída de Ugarte deixou, segundo o treinador, um buraco que Tanlongo e Essugo não são ainda capazes de tapar. Por mais que Morita, que fez papel de duplo pivô no Santa Clara, possa fazer a posição, Amorim pede um trinco capaz de recuperações subidas e com níveis de intensidade superiores aos que tem neste momento.
Frederico Varandas discorda nesta fase, ora por considerar que há soluções internas para todos esses lugares, ora por, sem ter o dinheiro da presença na Liga dos Campeões, necessitar de medir o investimento e as vendas.
As duas partes têm argumentos válidos e o treinador está ciente de que sem o dinheiro da Champions poderá ter de flexibilizar em algumas das posições requeridas. Por essa mesma situação, descartou investimentos noutro guarda-redes ou num novo ala esquerdo. Justamente para poder ter os reforços que considerou mais importantes.
O investimento avultado no dianteiro poderá ter de obrigar Amorim a contentar-se com menos investimento no restante plantel. Fechar a chegada do sueco nos próximos dias será fundamental para a SAD poder determinar os valores a investir noutras posições, tendo já dado as garantias ao treinador de que tudo fará para manter os jogadores mais importantes do plantel. Só encaixando com vendas de segundas linhas poderá haver fôlego para satisfazer todas as pretensões do treinador. Além disso, Varandas entende que no meio-campo Bragança, Mateus Fernandes e Pedro Gonçalves podem jogar na posição "8", apesar de Amorim pedir um perfil diferente e de ter reservas com a recuperação do canhoto.
A posição de lateral direito, em que Van Ewijk, do Heerenveen, está referenciado, mantém-se em stand-by. Certo é que no domingo arranca a época e Amorim está alarmado com as opções à disposição. Gyokeres é o nome que gera consenso entre Direção e treinador, o qual vê no sueco velocidade e técnica para resolver jogos e atacar a profundidade. É a prioridade para fechar esta semana, mas um investimento de 20 M€ terá consequências nas outras posições.