Melhor ataque está na defesa: Marcano e Wendell dão passo em frente no FC Porto
"Apagão" dos homens da frente na equipa de Sérgio Conceição.
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As três primeiras jornadas revelaram um FC Porto dependente da inspiração da defesa para superar as dificuldades.
Perante o desacerto dos homens da frente, foram os que têm como principal missão proteger Diogo Costa que apontaram os golos das vitórias sobre Moreirense, Farense e Rio Ave.
Wendell assumiu esse protagonismo com os "cónegos" e Iván Marcano vestiu a capa de super-herói nos dois seguintes, confirmando, de resto, uma tendência para aparecer nos momentos de decisão.
O espanhol assinou o oitavo tento da vitória ao serviço dos azuis e brancos e chamar ao período de compensação a "Hora Marcano" começa a ser cada vez menos uma metáfora, uma vez que quatro destes oito remates certeiros surgiram para lá dos 90 minutos regulamentares.
Antes de ser elevado à categoria de salvador com o Farense e de ter saído em ombros de Vila do Conde, o central já havia protagonizado semelhante proeza com o Portimonense, em 2019/20, e com o Vizela, em 2022/23.
Apenas um golo até ao descanso
Com três jornadas realizadas, o golo de Toni Martínez ao Farense ainda é o único do FC Porto obtido na primeira parte. O rendimento pode ser explicado pela ineficácia revelada neste período, mas também com a produção ofensiva, confirmada pelo número de remates efetuados em cada um dos períodos. Na soma dos 60 disparos realizados com o Moreirense, o Farense e o Rio Ave, 21 surgiram antes do intervalo e 39 depois. O registo pode justificar-se também com a falta de criatividade em determinados períodos e a definição inapropriada de algumas combinações. Não admira, por isso, que 83% dos golos tenham surgido na reta final.