Central deu entrevista ao "L' Équipe", ao qual relatou as dores que tinha. Confessa que nunca quis ir para o Barcelona e até forjou um contrato para o evitar
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Mathieu está retirado do futebol e, por ter coincidido com a pandemia, o central não teve a oportunidade de se despedir dos adeptos do Sporting em campo depois de três épocas em Alvalade e lamenta essa despedida triste. " Imaginava-me a aproveitar o último jogo da época em casa para comemorar, agradecer ao público e partilhar o momento com a minha família na bancada", admite o ex-central, ao "L' Équipe'".
"A recuperação era de três meses e já não tinha força mental para voltar", revela o canhoto quanto a uma lesão no joelho que lhe apressou a reforma.
Mathieu passou em retrospetiva outros momentos da carreira e recorda um contrato forjado em 2014. "Não queria ir para o Barça. Quando o clube me contactou, em 2014, eu era capitão em Valência, estava a desfrutar da minha vida a li e perguntava-me: 'vou polir o banco do Barcelona'?. Quando recebi o contrato que o Barcelona me oferecia fiz um novo, em que coloquei um salário intermédio entre aquele que recebia na altura e o que o Barça me oferecia. Mostrei esse contrato falso ao Rufete, diretor desportivo do Valencia, e disse-lhe: 'se me deres isto, eu fico'. Ele disse que não deveria haver problema. Ligámos ao presidente [Amadeo Salvo] mas recusou. O Rufete nem queria acreditar. Rasguei logo o papel e disse: 'sendo assim vou embora'. Percebi que não contavam comigo", afirmou o gaulês, hoje com 37 anos.
Diego Costa foi o rival mais difícil: "Dá-te pequenas 'dentadas de cão' para te tirar do jogo. Pisa-te os pés, pede desculpa e logo a seguir volta a fazer tudo de novo. Tu deves saber isso, pois ele acaba por te incomodar, tu respondes e levas um cartão."