Herói de Braga teve covid-19 a meio de março e não foi assintomático, vendo a sua performance física e resistência afetadas
Corpo do artigo
Matheus Nunes foi o herói de mais um jogo grande no domingo, em Braga, oferecendo já perto do fim a vitória ao Sporting, mas acima de tudo foi uma vitória do sofrimento e do sacrifício do médio luso-brasileiro.
Para ser figura, com meia parte em campo, Matheus Nunes teve de puxar pelo pulmão para conseguir aguentar o ritmo e o esforço exigido pela partida, fruto do processo complicado de recuperação da covid-19 que teve de enfrentar na segunda metade do mês de março.
O camisola oito foi o último jogador infetado do plantel verde e branco e dos poucos que não foi assintomático. Matheus não teve um processo fácil para recuperar da infeção do novo coronavírus, que afetou a sua capacidade pulmonar e a recuperação física. O jogador ficou de tal forma debilitado e com dificuldades na recuperação física, que a Unidade de Performance dos leões alertou Rúben Amorim da situação e recomendou uma utilização progressiva durante, pelo menos, um mês, período no qual os especialistas do clube aconselharam que não fosse utilizado mais de meia hora por partida para que não tivesse uma quebra de rendimento abrupta em campo.
Antes de contrair covid-19 jogou 5" contra o Tondela, a 13 de março, e desde que voltou a jogar a 5 de abril contra o Moreirense (5"), Amorim não o utilizou contra o Famalicão e depois deu-lhe minutos contra Farense (19") e Belenenses (14"). Contra o Braga, Matheus Nunes foi a jogo logo ao intervalo, levando o seu pulmão ao limite num teste de exigência elevada. Ainda sem ter alcançado os índices físicos ideais, Matheus puxou pelas "reservas" e foi recompensado voltando a ser decisivo para o desfecho de uma partida importante. Amorim reconheceu a felicidade da aposta no camisola oito, explicando a opção estratégica: "O Matheus Nunes consegue defender bem e vai à frente e ganha muitos metros. Umas vezes resulta outras não."