Martín Anselmi: "Não posso permitir que uma equipa que treino não seja competitiva"
Declarações de Martín Anselmi, treinador do FC Porto, na antevisão do jogo com a Roma, da primeira mão do play-off de acesso aos oitavos de final da Liga Europa
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Como se explica a uma equipa que não é normal ganhar um jogo nos últimos oito? "Explico como se joga contra a Roma. Nesses oito jogos anteriores, o treinador anterior terá tido explicação para cinco e eu terei para os últimos três. Somos profissionais. Olhamos para o que fizemos bem, o que fizemos muito bem e o que fizemos menos bem. Podemos fazer as coisas muito bem e perder. Ou fazer mal e ganhar. O ganhar e perder está sujeito à análise do jogo e ao que fizemos bem. Quanto mais fizermos bem as coisas, mais perto estaremos de ganhar. Se fizermos as coisas mal, arriscamos passar mais sete jogos sem ganhar.
Roma mais defensiva no Dragão? "Enfrentar Ranieri é motivo de orgulho e motivação. Quando tinha 12 anos via o Valência dele pela televisão. É um treinador que viveu tudo e tem muito currículo. Ter a possibilidade de estar cara a cara com ele é um orgulho, sem dúvidas. É um treinador super inteligente, que vai saber como enfrentar o jogo. A Roma é a Roma, uma equipa grande, que tem de ganhar em qualquer campo. Não nos preparámos para qualquer possibilidade de ser mais ou menos defensivo, preparámo-nos para a Roma e a sua forma de jogar. Com o Milan viu-se uma Roma mais retraída e depois viu-se uma Roma a pressionar mais alto, homem a homem. Estamos a preparar-nos para ambas as situações."
O que é que o FC Porto tem de apresentar amanhã? "Gostei da competitividade da equipa. Vou sempre destacar isso. O FC Porto tem de ser competitivo até ao fim em todos os jogos. Também por aí a celebração, foi a recompensa por termos sido competitivos até ao último minuto. A mim, só gera boas sensações. Não posso permitir que uma equipa que treino não seja competitiva. Ser competitivo é ter a máxima intensidade e interpretação. Ser competitivo não é só correr quando não tenho a bola, é jogar quando tenho de jogar. Máxima intensidade e máxima interpretação. Neste grupo, vejo isso à flor da pele. Vejo em cada treino, cada exercício e cada jogo. Transmitimos isso e tenho sensações boas. Depois há o resultado, queremos ganhar todos os jogos e ficamos tristes quando empatamos ou perdemos. O processo tem sido bom."