Martín Anselmi: "A vibração que se vive no estádio fez-me sentir e entender onde estamos"
Declarações do novo treinador do FC Porto na apresentação, que decorreu esta segunda-feira no Museu
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Sensações enormes: "As sensações são enormes. Muita felicidade. Aqui respira-se algo que me guiou durante toda a vida. Paixão, cultura pelo trabalho, exigência, necessidade de que a equipa transmita essa luta. As pessoas do Porto, os títulos, a cultura de trabalho. Conheço o FC Porto desde pequeno, as sensações são lindas, a vibração que se vive no estádio fez-me sentir e entender onde estamos. Mas queremos e acreditamos que vamos construir essa equipa competitiva que nos vai fazer alcançar os objetivos."
Tática de três centrais: "Antes dos números e dos sistemas, queremos um futebol posicional, um futebol de ataque. Na parte ofensiva teremos um sistema que vai depender do rival. Para defender é um sistema, para perceber como saltamos, como corremos. E flexibilidade. O rival diz como vamos atacar. Não quero deixar algo fechado, vamos transformar-nos e construirmo-nos constantemente. O futebol evolui, os rivais melhoram, queremos aproveitar as debilidades deles."
Que diagnóstico faz da equipa? "Creio que nesse sentido quero ser prudente. Um jogador tem de estar capacitado para jogar no FC Porto. A partir do nosso contexto vamos entender melhor. Sabemos que os jogadores são bons, estão capacitados e dar ferramentas para que também sejamos melhores treinadores. Dar diagnósticos do plantel seria imprudente."
Ilusões: "As ilusões são muito grandes. Acabei de ser apresentado no museu. Pedi ao presidente para meter mais uma vitrina para que oxalá a possamos encher."
Risco perante o momento: "Evidentemente que com a temporada a decorrer nao é o melhor contexto. Mas creio que nos toca trabalhar, e começar, primeiro, a construir essa equipa competitiva. Primeiro treino. Hoje há recuperação, amanhã meia recuperação e depois preparar o jogo de quinta. Há viagem pelo meio, é um jogo decisivo, vamos tentar transmitir aos jogadores em tão pouco tempo."
Jogo de quinta-feira: "Com a minha equipa técnica, trabalhámos na análise do plantel. Temos vontade de ir descobrindo no treino. Implementar a nossa ideia futebolística e os jogadores têm de compreender, querer incorporá-la e explicar porquê a cada treino. Gosto que os jogadores opinem, apontem soluções. Não gosto de trabalhar individualmente com os jogadores. Tendo em conta este contexto, temos pouco tempo e queremos melhorar. Temos bons jogadores, capacitados para jogar no FC Porto queremos começar a conhecê-los melhor."
FC Porto sempre a lutar: “Falamos da exigência, sabemos o que significa o FC Porto, sabemos os nossos objetivos. O FC Porto tem de lutar, estar sempre em cima. Somos treinadores, que trabalhamos. Para poder ver o trabalho refletido é preciso tempo. Primeiro temos de ter como certeza e objetivo ser melhor do que ontem todos os dias. Gostamos de ser melhores, há sempre margem. Temos de ter humildade de saber onde falhamos. Somos muito exigentes connosco e com quem nos rodeia. Estamos convencidos que vamos chegar onde todos os portistas e todos nós queremos.”
Adorado no Cruz Azul e aceitou vir para o FC Porto. O que levou a aceitar o desafio? "É a nossa primeira experiência na Europa e num clube tão grande... Abriu-nos as portas. Participar com a convicção com que nos falou o André. Se não aceitasse, ia ficar com a sensação de não ter aceitado... Todos os que trabalham no FC Porto têm estado com predisposição incrível, ajudaram-nos em tudo e mais do que esperávamos. Essa essência, essa forma de respirar das pessoas que sentem o clube. Cultura de trabalho, essência de paixão. Creio que para fazer as coisas bem, têm de ser feitas com paixão."