Marta Massada foi anunciada este sábado como membro da lista de Pinto da Costa às eleições do FC Porto, agendadas para 27 de abril
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Memórias: "Estou, firme e convictamente, com Jorge Nuno Pinto da Costa. Ser portista não é uma característica que me define, é 'o' que me define. Não tenho memórias outras que não a de uma bola e um boné na mão, a voz do Gomes Amaro sempre à espera daquele fundo do barbante que me fazia imaginar na rádio os golos do nosso eterno 9. As minhas imagens são a Superior Sul, as imagens que acabámos de ver e suscitam a lágrima que não consigo conter. A minha imagem é o cheiro a éter do departamento médico ao lado da loja azul, para onde ia à espera do meu pai [Leandro Massada], é a mão do Timofte na cabeça do meu irmão quando íamos para a natação e passávamos ao lado do campo de treinos. A minha memória são os Aliados e eu sou as minhas memórias."
Apoio a Pinto da Costa: "Sou um Porto aberto à cidade, ganhador, cerrado nas suas convicções. Sou um Porto, essencialmente, insubmisso. E, por isso, eu, sócio número 6654, estou com Jorge Nuno Pinto da Costa. E estou com Jorge Nuno Pinto da Costa porque este é o rosto da resiliência e da não conformidade perante uma realidade que permanece cada vez mais centralista e que despreza e que faz por ignorar que o todo é feito das suas partes. Estou com Jorge Nuno Pinto da Costa por independência. E porque ser independente é ser livre, estou com Jorge Nuno Pinto da Costa por liberdade. Para mim, o adepto do FC Porto é isto: é insubmisso, é independente e é livre. E aos quatro pilares que Pinto da Costa assume como fundamentais para o nosso clube, incluo estes três."
Gratidão: "Sou grata a Pinto da Costa porque nos permitiu e nos permite ainda ser assim. E, no entanto, apesar da gratidão ser uma virtude, tenho de dizer que não apoio Jorge Nuno Pinto da Costa por ser grata. Estou cá, porque quero um Porto maior, eclético, com as portas ainda mais abertas à comunidade civil. Um Porto ganhador, que nos continue a levar além portas. Quero um Porto diferente, um Porto melhor. Foi-me concedida uma honra: a de ser ouvida, com esta liberdade que acredito ser intrínseca ao FC Porto. Foi-me dada a honra de poder criticar, e sou critica, de dizer o pode e deve ser melhorado e defender o que pode continuar a ficar bem. Agradeço-lhe muito por nunca me ter posto rédeas, porque nunca me ter feito medir as palavras. Tenho ainda a honra de trazer a voz dos adeptos a esta discussão, porque é isso que sou e que vou ser sempre."
Missão: "Por último, foi-me dada a honra de ter uma missão: lutar por um FC Porto maior. Um FC Porto que seja permeável à vontade dos sócios, mas completamente hermético a quem nos continua a querer mal. Quem nos quer mal não nos quer assim: nem insubmissos, nem independentes, nem livres. Não nos quer unos, nem indivisíveis e o tempo é de união. É um tempo de revolta, sim, mas de união. Somos a bandeira que avança azul, branca, indomável e imortal. E somos o coração que D. João IV confiou à heróica cidade. Somos todos pelo FC Porto e todos unidos somos mais fortes."