Verde-rubros continuam a garantir que existem ilicitudes nos processos de inscrição do Boavista e do Estrela da Amadora na I Liga. "A Justiça só é cega como metáfora", afirmam.
Corpo do artigo
Num comunicado publicado no site oficial, a Marítimo aborda a recusa das duas providências cautelares que foram consideradas "improcedentes" pelo Tribunal Arbitral do Desporto, deixando no ar que vai ponderar a apresentação de um recurso.
Desde logo, o Marítimo defende que a decisão do TAD foi de base protocolar. "De acordo com a análise efetuada, ambas as providências cautelares foram indeferidas com base em pressupostos formais. O TAD considerou intempestiva a providência cautelar interposta contra o licenciamento da BOAVISTA FC - FUTEBOL, SAD e ilegítima a providência cautelar interposta contra o licenciamento da CFEA - CLUB FOOTBALL ESTRELA, SAD".
Ora, perante isto, o Marítimo entende que estas decisões do TAD fazem "parte de um processo global de defesa dos seus interesses". E, por isso, um recurso não está posto de parte. "São decisões proferidas em sede de 1ª instância, cujo conteúdo e enquadramento jurídico será dissecado com o rigor necessário, em conjunto com os seus advogados".
Os madeirenses defendem ainda que irão tomar "as decisões que melhor defendam os seus interesses, nomeadamente a firme convicção de que, ao contrário de outras sociedades desportivas, a MMF SAD deveria ter sido licenciada para participar na Liga Portugal Betclic".
O clube termina a garantir que "em momento algum, procurou, procura ou procurará fora de campo o que não conseguiu dentro dele", mas isso, na opinião dos insulares, não faz o clube abdicar "de pugnar pelo primado da Lei, dentro e fora de campo. Num Estado de Direito, fiscalizar é um Direito e um Dever. Sinalizar ilicitudes, ou suspeitas de ilicitudes, também. A Justiça só é cega como metáfora".
16839395