Marítimo na II Liga: "Antes do desfecho desta época dramática, iniciámos uma profunda reflexão"

Marítimo despromovido
Na conferência de imprensa que durou menos de cinco minutos, sem qualquer abertura para questões por parte dos jornalistas, o presidente insular agradeceu o apoio dos adeptos ao longo de toda a época
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O presidente do Marítimo, Rui Fontes disse que a direção assume a responsabilidade na despromoção à II Liga, 38 anos depois, e fala em "plano estratégico para o futuro imediato do clube".
"Fomos eleitos e assumimos a responsabilidade. Muito antes do desfecho desta época dramática, iniciámos uma profunda reflexão sobre tudo o que correu mal. E muito correu mal desde o princípio", afirmou o presidente do emblema "verde rubro", em lágrimas, na conferência de imprensa que decorreu no Estádio do Marítimo.
Segundo Rui Fontes, "a direção já solicitou ao Presidente da Assembleia Geral a convocação urgente de uma Assembleia Geral Extraordinária com o objetivo de apresentar aos sócios o plano estratégico para o futuro imediato do clube", com a ordem de trabalhos a ser anunciada "conforme ditames legais, por convocatória".
O dirigente que cumpre o segundo ano de mandato, interrompeu várias vezes o discurso por não conseguir conter a emoção, revelando que "depois de 38 anos consecutivos entre os melhores do futebol português, um pesadelo abateu-se sobre todos os que amam o Club Sport Marítimo".
"Hoje, é um dos dias mais triste da história do Marítimo, o primeiro em que muitos maritimistas acordaram sem o seu Marítimo na I Liga. Pedimos desculpa a todos os sócios, adeptos e simpatizantes do nosso grande amor, o Club Sport Marítimo", frisou Rui Fontes, enfatizando que regressar de imediato à primeira divisão "é obrigação".
O play-off de permanência ou acesso à I Liga decidiu-se nos penáltis, ditando a subida do Estrela da Amadora à I Liga, 14 anos depois.
O Marítimo terminou o tempo regulamentar do encontro da segunda mão do play-off a vencer por 2-1, para replicar o 2-1 caseiro do Estrela da Amadora no primeiro encontro, igualando a eliminatória, graças a um tento de Chucho Ramírez, que forçou um inconclusivo prolongamento, aos 90+6 minutos.
A decisão ficou à mercê das grandes penalidades, onde os "verde rubros" falharam mais (três) do que acertaram (dois) e acabaram derrotados por 3-2, face a um Estrela que concretizou três e só desperdiçou uma. Nem precisou da última, depois de Félix Correia atirar à barra.
Na conferência de imprensa que durou menos de cinco minutos, sem qualquer abertura para questões por parte dos jornalistas, o presidente insular agradeceu o apoio dos adeptos ao longo de toda a época, reforçando que merecia a "recompensa mínima": "devíamos ter permanecido no lugar que é nosso".
O Marítimo tinha sido despromovido pela última vez ao segundo escalão na temporada 1982/83, tendo ascendido ao patamar mais alto do futebol português duas épocas depois, onde permaneceu por 38 anos consecutivos, desde 1985/86.
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