Declarações de Mário Silva, treinador do Santa Clara, à Sport TV, após a derrota por 1-0 no terreno do V. Guimarães, na sexta jornada da Liga Bwin.
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Análise ao jogo: "Continuámos no jogo até ao fim, arriscámos, tentámos muito, até correndo riscos de avolumar o resultado, mas queríamos muito. Sofremos golo numa situação que trabalhámos afincadamente, mas faz parte do futebol. Podem-me despedir hoje, mas não posso deixar de dizer. Como é possível o Bamba tocar na mão e nem interveio o VAR. Porque não nesse lance, comparando com outros lances noutros jogos nossos. Somos açorianos, faz parte de Portugal, clube que foi comprado por brasileiros. Mas somos todos portugueses. Não posso deixar de dizer isto. Todas as semanas situações de dúvida são contra nós. Podem-me despedir, mas Têm de dizer como são. Há perdas de tempo, hoje aos seis minutos acabou. Temos de ser justos. Com todo o respeito por João Pinheiro, dos melhores, mas não é só ele. Mesmo com o Marítimo situações que não foram revistas. Quero justiça. Sentimo-nos assim. Estamos nos Açores, mas somos portugueses. Vamos crescer, mas deixem-nos crescer. Se eu tiver tempo para isso, se vou ser castigado ou não, não sei. Admiro o árbitro mas houve situações em que devia pelo menos ter visto o jogo. A bola foi à mão do jogador do V. Guimarães. Deveria existir igualdade perante os outros, no sentido de pelo menos se verem as imagens. Em casa, foi-nos marcado um penálti com o Casa Pia, com a bola a dar na mão do Tagawa e ele de costas. Tem de haver coerência. Se se marca esse penálti, tem de se marcar outros. Estamos nos Açores, mas somos todos portugueses. Foram ver o lance do nosso golo anulado. Se é justo, tudo bem. Mas o lance de um penálti claro tem de ser visto e marcado. João Pinheiro é um excelente árbitro, mas tem de se ver os lances. Há muitas câmaras. Se temos tanta tecnologia ao serviço do futebol, que seja igual para todos. Mas toda a gente erra. Hoje, fui incompetente. E um treinador que não apresenta resultados é despedido. Mesmo na compensação de seis minutos, o árbitro poderia ter dado uma compensação sobre esse tempo, porque houve muitas paragens."
Lugar em risco? "Temos sempre o lugar em risco. A qualquer momento o contrato pode ser quebrado. Não atiro a toalha ao chão, faz parte da minha essência e de como fui educado no meu bairro. Não posso é olhar para as coisas e fingir que não aconteceu nada."
Sabor amargo: "Sim, merecíamos pontos. Em termos de organização defensiva e quando passávamos para transição havia espaço, o V. Guimarães projetava-se... O nosso objetivo era bloco médio, no momento do ganho explorar os corredores laterais. Estrategicamente acreditávamos que desta forma era possível vencer."