O antigo futbolista da Académica Mário Campos defendeu, esta quinta-feira, que o presidente do clube, José Eduardo Simões, deveria colocar o lugar à disposição na sequência do processo judicial por corrupção.
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Em declaração à agência Lusa, o antigo atleta disse que se mantem inalterada a posição que assumiu há cinco anos, quando José Eduardo foi constituído arguido por envolvimento em angariação de donativos para a Académica, aproveitando o exercício do cargo de diretor municipal da Administração do Território (DMAT) na Câmara de Coimbra.
O Tribunal da Relação de Coimbra (TRC) remeteu esta quinta-feira, por correio a notificação de um acórdão do recurso interposto da decisão de primeira instância, em março de 2011, que condenara José Eduardo Simões a uma pena de prisão de quatro anos e sete meses de prisão, mas suspensa por igual período, pelo crime continuado de corrupção passiva.
Ao indeferir o recurso de José Eduardo Simões, e dar provimento parcial ao do Ministério Público, o TRC agrava a pena, embora para uma medida ainda desconhecida pelo seu advogado, Rodrigo Santiago.
Manuel António Silva, antigo avançado da "Briosa", também se mostrou preocupado com o desenlace judicial do presidente do seu clube.
"Eu não me quero pronunciar porque não conheço nada do caso. Obviamente que vai causar alguma perturbação a falta de um presidente, se se verificar. Espero que tudo se componha, e que nada disso aconteça", sublinhou à agência Lusa o antigo atleta e médico de profissão.
Manuel António Silva disse ter ouvido a notícia, e ter ficado preocupado, mas está ciente de que "as coisas têm de se resolver".
"É o presidente do clube, e nós, academistas, ficamos preocupados com isso", sustentou, frisando ainda não dispor do "amadurecimento suficiente para saber qual será a solução melhor" para a Académica.