Exames confirmaram rotura de grau III na coxa esquerda. Melhor marcador dos dragões só volta em abril
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Marega tem uma rotura muscular na face posterior da coxa esquerda, confirmou o exame a que foi submetido o avançado maliano ontem de manhã, na ressaca do empate sem golos em Guimarães.
O FC Porto não revelou a extensão da lesão, mas tudo indica que seja de grau III, o mais grave, até porque, ao que O JOGO apurou, também afetou a zona da junção do músculo com o tendão.
Por isso, os dragões devem ficar desfalcados do seu melhor marcador (16 golos) por um período que dificilmente será inferior a dois meses. O avançado perderá, por exemplo, a eliminatória com a Roma, na Liga dos Campeões, mas também o clássico com o Benfica (campeonato) e as duas partidas das meias-finais da Taça de Portugal, frente ao Braga. (Veja quadro em baixo)
Marega tem estado limitado fisicamente há algum tempo, embora a sua capacidade de sofrimento lhe tenha permitido manter-se na equipa. Nos últimos 20 jogos do FC Porto, o maliano só não terminou quatro, mas saiu de Alvalade, por exemplo, sem esconder as dificuldades para andar devido às dores. E em Guimarães fez quase todo o aquecimento à margem dos companheiros e junto de elementos da equipa médica; basicamente limitou-se a fazer alongamentos. Aos 76", quando tentava fugir pela direita - solicitado por Éder Militão -, sentiu uma picada na coxa e fez logo sinal para o banco de que teria de sair. O jogador acabaria por abandonar o relvado em maca e em lágrimas.
"Oitavos" da Champions, meias-finais da Taça de Portugal e o clássico com o Benfica são alguns dos jogos que o maliano vai perder. Sérgio Conceição poderá apostar em Fernando para o render
Na flash interview após o jogo, Sérgio Conceição já tinha dado conta de que a lesão poderia ser grave e os exames confirmaram isso mesmo. Esta é já, refira-se, a terceira lesão muscular de Marega desde que regressou ao FC Porto. Na época passada, o avançado parou 23 dias, em novembro de 2017, devido a uma rotura muscular de grau I na na face posterior da coxa direita, sofrida contra o Leipzig. Depois, entre março e abril de 2018 voltou a romper o mesmo músculo da mesma coxa, mas com maior gravidade e um período de inatividade superior: 43 dias. Agora é a primeira vez que rompe o músculo da coxa esquerda.
Com Aboubakar ainda a recuperar da operação, Sérgio Conceição terá agora de encontrar uma solução para a ausência do principal goleador da equipa. Se quiser manter o 4x4x2, Fernando Andrade perfila-se como o sucessor do maliano no ataque (ver página seguinte). Adrián e André Pereira perderam espaço e serão escolhas secundárias. Contudo, há ainda a hipótese de o treinador alterar o desenho para o 4x3x3 e, neste caso, a aposta em Danilo Pereira para reforçar o meio-campo, juntamente com Herrera e Óliver, é a mais provável. Há ainda Otávio para acrescentar a esta equação: o brasileiro poderá jogar como elemento mais adiantado do miolo ou como ala.