Júnior Tavares, agora a atuar a médio, estreou-se a marcar na Liga e foi o herói dos algarvios frente ao Benfica, obtendo o golo do empate com um tiraço do meio da rua.
Corpo do artigo
Ao décimo jogo pelos algarvios, Júnior Tavares realizou a melhor exibição no futebol português, coroada com um golo para ver e rever. Um golaço! Foi um tiro do meio da rua, de pé esquerdo, forte e colocado, ao ângulo da baliza de Vlachodimos, selando o empate do Portimonense frente ao Benfica, depois de, ao intervalo, os campeões nacionais estarem a vencer por duas bolas sem resposta. Uma recuperação perfeita, atendendo ao adversário e ao modo como a equipa de Paulo Sérgio encarou e dominou toda a segunda parte.
O brasileiro, a atravessar uma fase ascendente nos algarvios, falou sobre o golo - o primeiro em Portugal - e o ponto somado diante dos encarnados. "Reconheço que fui muito feliz no remate, que saiu indefensável para o guarda-redes. Apanhei bem a bola e atirei decidido. Tratou-se de um golo bem bonito", frisou Júnior Tavares. "Os meus companheiros até brincaram no início do jogo, dizendo que eu iria marcar. Graças a Deus consegui, sobretudo para ajudar a equipa".
https://ojogo.vsports.pt/embd/58410/m/567764/ojogo/0b9dfa7297eca824ca77f43a1eae9d6b?autostart=false
Apesar de continuar em zona delicada na tabela, o Portimonense conquistou um ponto saboroso, o quarto em dois jogos desde que o campeonato recomeçou. "Sim, é um ponto bastante importante, que nos aumenta a confiança e faz subir o moral. Não baixamos os braços e prometo que vamos seguir firmes no nosso objetivo, que, como se sabe, é a permanência na Liga", prosseguiu o jogador, que recebeu inúmeras mensagens de felicitações. "Entrámos mal na partida e não conseguimos impor o nosso plano de jogo", admitiu, justificando a vantagem conquistada pelo Benfica no primeiro tempo. "Saímos para o intervalo na mó de baixo, com dois golos para recuperar". A tarefa não se afigurava fácil mas o treinador teve uma intervenção importante. "Levámos uma "chacoalhada"", comentou Júnior, recorrendo à expressão do português do Brasil para ilustrar o abanão dado por Paulo Sérgio no período de descanso. "Temos capacidade para fazer melhor e fomos cobrados por isso. Com a imensa força do coletivo, fomos capazes de ir para cima do adversário, recuperar e chegar ao empate", contou o médio, de 23 anos, que está emprestado pelo São Paulo e foi titular nos dois últimos jogos.
12300918