Ala argentino é um dos jogadores que ponderam avançar mesmo pela via litigiosa. A decisão ainda não está tomada, mas estão a ser bem medidas as possibilidades de sucesso.
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A ideia é clara: depois das agressões e ameaças de que foi alvo com os colegas de balneário na tomada de assalto da Academia de Alcochete no passado dia 15, Marcos Acuña entende ter chegado ao fim o seu tempo em Alvalade. O esquerdino de 26 anos que já se encontra concentrado nos trabalhos de preparação para o Mundial da Rússia da seleção da Argentina considera que não estão reunidas as condições para prosseguir a sua carreira de leão ao peito e estuda, agora, a melhor forma para concretizar a sua saída. A hipótese de avançar para a rescisão unilateral de contrato, alegando justa causa, não está, ao que foi possível apurar, descartada. Aliás, Acuña é mesmo um dos jogadores do plantel leonino que estão a ponderar de forma mais aprofundada o recurso à via litigiosa para consumar a desvinculação.
A decisão não está, de todo, tomada, mas O JOGO está em condições de adiantar que o internacional argentino, mesmo consciente que tem vários pretendentes de peso no mercado de transferências que poderiam suscitar ainda neste defeso uma saída "pacífica", está a aconselhar-se e a estudar ao pormenor a legitimidade legal para forçar a cisão com o Sporting. Acuña, recorde-se, foi um dos principais visados dos adeptos que tomaram de assalto a Academia de Alcochete, no passado dia 15, invadindo o balneário e agredindo o grupo de trabalho, além de deflagrar tochas, criando um autêntico clima de terror. A par de Rui Patrício, William e Battaglia, o camisola 9 dos leões foi um dos alvos previamente definidos pelos agressores. Como se pode constatar pelos autos da GNR ontem divulgados pelo "Expresso", os agora arguidos assaltaram a Academia, procurando especificamente o quarteto em causa, apesar de agredirem indiscriminadamente - Bas Dost foi outro dos atingidos. Acuña, segundo os autos, foi agredido na cabeça e no corpo por cinco, seis meliantes, que ainda o ameaçaram, garantindo saber onde morava e dizendo que tinha de ter cuidado. A rescisão ainda é tema em cima da mesa.