Declarações do treinador Manuel Machado (treinador do Nacional) no final do encontro da 25.ª jornada da I Liga NOS, disputado no Estádio da Madeira, no Funchal, que terminou com a vitória do Portimonense por 5-1.
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Recordar: "Quando aqui cheguei em 2012 para substituir o Caixinha o primeiro jogo que fiz aqui em casa com o Beira-Mar teve um desfecho muito igual a este, 2-4. Não desespero fácil, como devem compreender. Há de facto um problema aqui para ser resolvido, caso contrário não se tinha dado esta alteração no comando técnico. Temos consciência disso, mas já passei por uma situação muito igual e o problema resolveu-se e este vai-se resolver também."
Sem mudar muito: "Tentámos não alterar muito os processos que vinham detrás, o que eu já havia dito, pois quando há dez jornadas para fazer e oito meses de trabalho para trás, o que há é fazer ajustamentos e criar estrategicamente o que nos parecer adequado para cada um dos jogos."
O que ficou: "Mantivemos daquilo que era básico, a estrutura e a forma de jogar da equipa, tentando baixar um pouco o bloco, face às características dos avançados do Portimonense, para depois sair no contra, mas é evidente que isso pressupõe mantermos o resultado a zero, de forma que o adversário se exponha e possamos aproveitar a profundidade nas costas da defesa contrária. Mas não aconteceu assim."
Os golos: "Sofremos um golo, que nos obrigou logo a abrir um pouco mais as linhas e sofremos um segundo, num erro de um passe interior e a partir daí o jogo estava praticamente definido, era uma questão de resultado. Tentámos jogadores mais técnicos na segunda parte, mas sofremos mais um golo e está tudo dito. A partir daí podem ser três, quatro ou cinco golos. O jogo fica completamente partido e foi isso que aconteceu. A estratégia não funcionou, pela permeabilidade que tivemos, mesmo com um bloco baixo."
A confiança: "Se os índices de confiança e de motivação da equipa já não eram bons, com as seis derrotas que traziam, esta sétima acentua negativamente essa confiança. Para além do trabalho que temos de fazer, ao nível da análise e eventualmente de alterações profundas na forma de jogar, pois alguma coisa tem de ser feita. Fazer da mesma maneira à procura de um resultado diferente é insanidade. Vamos ter de, num curto espaço de tempo, tentar alterar o modelo, no sentido de alterar os resultados finais dos jogos que temos pela frente, não há outro caminho."
O ciclo: "Quebrar este ciclo negativo é um desafio enorme, mas estou confiante que o vamos fazer. É um momento muito complicado para todos no Nacional. Mas é com trabalho, confiança e forte, que vamos resolver esta questão, pois se baixarmos os braços, tudo tende a agudizar-se negativamente."
Notas: "Estive atento ao comportamento dos jogadores e tomei notas e vamos tentar resolver, não só no plano técnico, como no anímico, pois uma equipa sem coesão, com fraturas pela comunhão de um objetivo fica mais difícil, embora o momento leve também a esse tipo de coisa. Mas este é um dos muitos fatores que teremos de abordar".