Central do Estoril está "grato" ao técnico, que o ajudou a atingir "as melhores condições", vincou o francês, em entrevista a Rémi Martins
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Mangala contou uma história relativa à final four da Taça da Liga para exemplificar a relação transparente, frontal e especial que criou com o treinador do Estoril, Vasco Seabra. Em entrevista a Rémi Martins, o francês de 33 anos explicou o que projeta para os próximos anos de uma "mini-carreira" que agora começou, depois de ter voltado a competir na resposta a uma lesão grave que sofreu.
Estoril foi a escolha certa: "Tive a sorte de estar num bom grupo e muito bem enquadrado, primeiro com Álvaro Pacheco, depois com Vasco Seabra. Tivemos uma conversa e entendemo-nos muito bem. Neste meu processo, ele geriu-me de forma perfeita. Avisava-me muitas vezes que eu ia jogar, para me preparar, dizia 'eu sei de onde vens em relação às tuas lesões, o teu ritmo. Vais jogar neste jogo, 30 minutos, uma hora'."
Final four da Taça da Liga ficou marcada: "Tenho uma história na final four. Jogámos contra o Braga três dias depois do Benfica. Vasco Seabra hesitava em pôr-me a jogar e disse 'trabalhaste, então mereces, fizeste um grande jogo, depois de três dias, tu é que vais decidir. Se tens que jogar 45 minutos, jogas 45 minutos, não tem problema'. Consegui jogar o jogo todo. Sempre tivemos esta proximidade que nos fez ter discussões muito honestas e abertas com o objetivo de me colocar nas melhores condições para poder ajudar a equipa. Estou muito grato, permitiu-me colocar-me gradualmente nas melhores condições para poder terminar a época sem lesões e sem falhar treinos."
Treinador para grandes voos: "Vasco Seabra tem um grande potencial. Já passou por vários clubes, mas ainda é jovem. Tem ideias muito boas, humanamente, é muito forte. Hoje em dia, no futebol, é muito importante poder gerir os jogadores. O que ele tem em particular é que realmente se questiona. Não tem problemas em dizer em frente do grupo que errou, por exemplo, e mostrar que, mesmo que seja ele o chefe, é como nós e comete erros. Está sempre à procura de melhorar, progredir, aprender. Traz muita energia, é muito exigente com o grupo e sabe separar as coisas. Isso é super importante para os profissionais de hoje, acho que o Vasco tem um futuro brilhante."
Recomeço após a lesão: "Achavam que eram precisas seis semanas para poder jogar, mas em duas semanas estava pronto. Através do meu trabalho, consegui. Foi como começar uma mini-carreira. Sei que há o olhar das pessoas, mas para mim estou a começar uma mini-carreira. Disse que adoraria jogar mais cinco anos. Tenho de trabalhar, haverá desafios, mas estou aqui para enfrentá-los. Exijo muito de mim, mas sem pressão."