Em causa estão as dívidas do Aves a atletas relativas a 19/20, facto que leva o FC Foz a considerar que a Federação não devia ter aceitado a inscrição. Clube portuense diz estar pronto para ocupar a vaga no CdP
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Há mais uma polémica a envolver o Aves, que depois de ter falhado a inscrição nas ligas profissionais devido a dívidas foi colocado no Campeonato de Portugal (CdP). O FC Foz, equipa da Divisão de Elite da AF Porto e que teria direito a ser promovida ao CdP caso a inscrição dos avenses fosse inviabilizada, não se conforma com a decisão da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e acusa o organismo de fechar os olhos aos problemas financeiros da SAD liderada pelo chinês Wei Zhao.
Em causa, de acordo com Eduardo Avides Moreira, presidente do FC Foz, está a alínea b) do artigo 12.º, sobre o acesso à competição no CdP, que fala na obrigatoriedade de regularização de dívidas a jogadores e treinadores relativamente à época 2019/20 e da regularização integral de compromissos assumidos para 2020/21.
"O Aves não tem a sua situação financeira regularizada e a FPF aceitou a inscrição. O Aves submeteu o PER [Processo Especial de Revitalização] em finais de julho, a lista de credores do clube acabou de sair e só depois de haver negociações dessas dívidas é que o processo será homologado. Ou seja, nesta altura, o Aves não cumpre os requisitos e não pode estar no CdP, da mesma forma que a FPF não podia ter aceitado a inscrição", acusou o presidente do FC Foz, que revelou já ter enviado uma carta para a Cidade do Futebol e da qual recebeu uma "resposta lacónica", a dar conta que o Aves estava inscrito no CdP.
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Para suportar a tese de incumprimento da SAD do Aves, Eduardo Avides Moreira fez uso de um contacto com o Sindicato de Jogadores, que "confirmou a existência de dívidas" a atletas do Aves relacionadas com a época passada. O FC Foz aguarda por nova tomada de posição da FPF após ter feito uma exposição e diz estar em condições de subir ao CdP.
Contactada por O JOGO, a Federação não quis comentar o caso.