Palavras de Pedro Mil-Homens no Thinking Football Summit neste domingo.
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O Thinking Football Summit, que decorre até este domingo no Porto, teve Pedro Mil-Homens, diretor geral do Benfica Campus, no painel "Futebol de Formação como Modelo de Sustentabilidade dos Clubes", que contou também com a presença de Cláudio Couto, CEO do Braga, João Henriques e Luís Gonçalves, treinadores de Marítimo e Interclube, respetivamente.
"Na minha ótica, o ingrediente fundamental do sucesso é a qualidade do talento português", referiu Mil-Homens, deixando um desejo para o futuro do futebol de formação. "Nós precisamos de um futebol jovem mais saudável. É preciso mais formação e menos estratégia. Não precisamos dos Guardiolas dos Sub-7", atirou.
Cláudio Couto concordou. "Portugal tem bastante talento, respira futebol e os miúdos seguem os imensos exemplos de sucesso que foram surgindo ao longo dos anos", disse. "Do ponto de vista racional, eu diria que os clubes em Portugal não têm outra saída, que não seja apostar na formação, pelo menos atualmente. Não há capacidade na aquisição e depois há a pressão constante para equilibrar os resultados operacionais. Eu julgo que os clubes devem continuar a apostar naquilo que tão bom tem, que é o talento e os técnicos habilitados para potenciar esse talento", completou.
"Muitas vezes, o resultado está sempre acima de qualquer tipo de projeto. Tudo o que demora mais tempo a construir também será mais duradouro, se for bem feito. Mais estabilidade para os treinadores trabalharem", desejou João Henriques.
Luís Gonçalves considerou: "Há muito talento em África, mas as infraestruturas não são as mesmas e a organização também não. Os clubes portugueses deveriam apostar na ligação histórica que existe de uma forma muito vincada. Seria vantajoso fazer essa aproximação, pois talento existe em todo o mundo, mas é preciso descobri-lo."
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