Pedido de atribuição de voto foi feito pelos associados encarnados após 30 minutos de debate do ponto 4
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António Pires de Andrade, presidente da Mesa da Assembleia Geral do Benfica, recusou, após pedido dos sócios encarnados, a votação do ponto 4 da ordem de trabalhos da sessão magna: discussão e apreciação de proposta de regulamento das próximas eleições do Benfica, agendadas para 9 de outubro.
O pedido feito pelo associados do Benfica que estão presentes, em largo número, no Pavilhão da Luz, à Mesa da Assembleia Geral, ocorreu cerca de 30 minutos depois de se ter iniciada a discussão e feita a apreciação do referido ponto 4.
João Noronha Lopes, antigo candidato às últimas eleições do Benfica manifestou-se crítico da velocidade da definição dos moldes do ato eleitoral, agendado para 9 de outubro para eleger o presidente encarnado, e da falta de oportunidade para debate e validação.
"Organizaram um processo eleitoral à pressa. Não é a questão de ser cedo ou mais tarde. Foi feito à pressa, sem regras predefinidas, que não nos vai permitir discutir a fundo por que razão estamos aqui hoje e como podemos construir o futuro do Benfica. Falharam também ao não respeitar o pedido legitimo de um grupo de sócios, alterando uma convocatória, para tentar que aqui não se aprove o regulamento eleitoral", afirmou João Noronha Lopes, esta sexta-feira, no Pavilhão da Luz.
No passado dia 16 de setembro, Francisco Benitez, único candidato assumido à presidência do Benfica, afirmaram que "esperávamos que o regulamento fosse aprovado" e, assim, "teríamos as regras do jogo para as próximas eleições", o que, mediante a decisão de Pires de Andrade, não ocorreu.
O líder do Movimento Servir o Benfica lamentara que o presidente da MAG benfiquista, ainda antes desta AG, "retirou aos sócios o poder de votar o regulamento eleitoral. (...) Entregou-o à direção demissionária", que tratará de "aprovar o regulamento eleitoral".
As eleições para os órgãos sociais do Benfica só têm, por agora, uma candidatura formalizadas. João Noronha Lopes afastou-se do sufrágio, na semana passada, enquanto o atual presidente, Rui Costa, ainda não revelou a posição formal.