Jovem de 17 anos pegou na batuta no clássico, o primeiro jogo completo que fez nos dragões
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Um miúdo atrevido. Foi assim que Martín Alnselmi caracterizou Rodrigo Mora depois de uma boa exibição do jovem de apenas 17 anos no clássico, à semelhança do que havia feito dias antes em Vila do Conde. O médio do FC Porto foi, inclusive, eleito o MVP contra o Sporting - prémio que não recebeu -, fruto do rendimento que teve no primeiro jogo completo que efetuou pela equipa principal dos dragões. Um rendimento que parece potenciado pelo novo posicionamento em campo ditado pelo treinador argentino.
Com a chegada de Martín Alselmi, o médio foi deslocado para o lado esquerdo do ataque, tendo liberdade para atuar entre linhas, driblar e criar. Mas sem esquecer o compromisso defensivo.
“O Mora joga entre linhas, de drible e último passe. Sem medo de tentar e de jogar. Não tem a responsabilidade de ganhar um jogo, porque é um miúdo. Tem apenas a responsabilidade de defender quando não tem a bola e de pressionar”, definiu o treinador que o colocou mais descaído para o lado esquerdo do ataque com ordens para fazer diagonais e desequilibrar no último terço.
Pouco mais de cinco meses depois da estreia, que aconteceu na Noruega (Bodo/Glimt), Mora fez pela primeira vez os 90 minutos de uma partida, o que também confirma a evolução física de um “miúdo” que ainda não atingiu a maioridade. Até ao clássico, Mora tinha sido titular seis vezes, mas acabou sempre substituído, como sucedeu com o Rio Ave, já na era Anselmi, mas agora aguentou até ao fim, resistindo às mudanças que foram sendo introduzidas, sem nunca baixar de rendimento.
As saídas de Nico e de Galeno no mercado de inverno abriram vagas no onze e uma delas, ao que parece, já tem dono. Uma situação para confirmar na quinta-feira, na receção à Roma, na Liga Europa, prova onde ainda não conseguiu deixar a sua marca: os três golos e três assistências que tem foram no campeonato.