Na primeira eliminatória da Taça de Portugal, o avançado do Paredes pôs fim à série gloriosa do adversário, que, na semana passada, tinha completado um ano sem perder nenhum jogo oficial.
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O estatuto do Castro Daire, que até há bem pouco tempo tinha completado um ano sem derrotas em jogos oficiais - a última tinha sido a 22 de setembro de 2019, diante do Valadares Gaia (2-0) - foi "destruído" pelo Paredes, no domingo, numa partida a contar para a I eliminatória da Taça de Portugal.
A equipa nortenha pôs fim a esse registo de invencibilidade, às custas de um golo solitário de Madureira, obtido através de uma grande penalidade (8'), convertida pelo avançado, que também já havia marcado, na primeira jornada da série C, do CdP, no triunfo diante do Câmara de Lobos (2-1).
"Foi uma vitória especial porque conseguimos passar a eliminatória, que era o grande objetivo, frente a um adversário que já no ano passado nos tinha criado bastantes dificuldades em casa. O facto de eles não perderem há um ano, ainda nos deu maior motivação para conseguirmos este feito", revelou o jogador, de 27 anos, que além de futebolista, também é personal trainer, num ginásio situado perto do estádio, na Sobreira. Ultrapassado este obstáculo, Madureira não coloca nenhuma fasquia ao Paredes na Taça de Portugal. "O objetivo é ir o mais longe possível. Seria bom para o clube e para o plantel, que é bastante novo e tem muita ambição. Sabemos que a Taça tem sempre uma visibilidade diferente para estes jogadores", explicou, confessando que traçou um desafio pessoal para esta época: "A nível de golos, no ano passado acabei com nove e primeiro quero passar essa marca. Se conseguir, depois a ideia será bater o meu recorde de 13 golos". Sobre o novo formato da competição, o avançado, que "não se fica só pela área e gosta de participar no jogo", acredita que o grupo pode fazer "uma campanha interessante".
Eurico Couto trava euforia pois perdeu seis titulares
Apesar de o arranque de campeonato ter sido animador para o Paredes com uma vitória, diante do Câmara de Lobos (2-1) e outra na Taça de Portugal, frente ao Castro Daire, o treinador Eurico Couto, trava alguma euforia que possa existir no grupo, face aos resultados positivos. "Neste momento, não somos uma equipa, estamos longe de termos a consistência que necessitámos em todos os momentos de jogo. Perdemos seis titulares de uma equipa que vinha a fazer história há vários anos. Entrámos a ganhar, mas sabemos as dificuldades do caminho que temos a percorrer", ressalvou.