Ricardo Pessoa treina uma equipa vinda do Distrital e que está na luta pelo acesso à fase de subida, mas o jogo com as águias deixou marcas
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Três vitórias, a última das quais no domingo, em casa, frente ao Benfica e Castelo Branco, e um empate são os números que dão cor à boa forma do Lusitânia. Ricardo Pessoa, treinador, explica a O JOGO que estar no segundo lugar, embora com um jogo a mais, da Série C do Campeonato de Portugal “supera as expectativas.”
“Não era realmente o objetivo que tínhamos no início da época. Queríamos fazer um campeonato tranquilo, andar entre o quinto e sexto lugar, pois vínhamos do Campeonato dos Açores, que é o equivalente ao Distrital nas associações continentais, e temos muitos jogadores com pouca experiência no Campeonato de Portugal (CdP)”, elucida. “Estamos acima das expectativas”, reforça.
O emblema de Angra do Heroísmo (Ilha Terceira) saltou, em outubro, para as páginas dos jornais por ter recebido o Benfica na Taça de Portugal (derrota por 4-1). Curiosamente, depois disso surgiu a pior fase da temporada, com um empate e duas derrotas seguidas no CdP. “Temos um plantel com muita juventude e, apesar dos avisos para separarem as águas, esse jogo teve impacto mediático e mexeu um pouco a nível anímico. Termos tido um empate e duas derrotas seguidas teve muito a ver com o Benfica”, comenta, sublinhando a aprendizagem que daí resultou. “Tirámos partido disso e foi uma lição para os jogadores.”
A representar a Terceira está, igualmente, o Fontinhas (Praia da Vitória), na Série C. Todavia, Ricardo Pessoa vinca o crescente apoio sentido nas bancadas do campo de jogos de São Mateus da Calheta. “No fim de semana passado, tivemos um estádio quase cheio. O facto de estarmos acima das expectativas faz com que os adeptos estejam entusiasmados”, valoriza. Para isso, é importante “dar espetáculo”, diz. “Temos de praticar um futebol apelativo para cativar quem vem ao campo”, termina.