Declarações do treinador do Vitória na antevisão ao jogo frente ao Arouca
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Depois da derrota em Moreira de Cónegos, o que urge retificar para conseguir o triunfo perante o Arouca? "Olhamos para o jogo e para duas partes distintas. Na primeira parte tivemos uma capacidade muito interessante, de ser pressionantes e de retirar a bola ao nosso adversário. Com bola, conseguimos ter bastantes aproximações, mas com falta de perigo. Depois tivemos uma segunda parte onde não fomos capazes de reagir. Pouca capacidade de resiliência aquilo que aconteceu logo no início da segunda parte. Temos de evoluir e não podemos ficar presos a um acontecimento que não queríamos, mas que aconteceu. Temos de ter a capacidade de dar resposta, porque aquilo que foi feito na primeira parte e o que foi feito na segunda parte, pareceu serem duas equipas distintas. Temos de ser mais consistentes no que fizemos de bem e evitar ao máximo os erros não forçados que tivemos na segunda parte."
O que espera deste Arouca? "Perspetivo uma equipa que tem vindo a habituar as pessoas do futebol português a contratar bons jogadores. Jogadores com qualidade técnica muito interessantes. É uma equipa com jogadores que interpretam muito bem as ideias do Vasco, um treinador que gosta muito de colocar as equipas ofensivamente a ter um jogo muito fluído e dinâmico. Esperamos um Arouca que queira ser protagonista e assumir o jogo. E esperamos também um Arouca que queira tentar vir a jogar a nossa casa com alguma insatisfação que existiu na segunda parte do último jogo. Temos de estar preparados para isso. Preparados para estar focados naquilo que é o nosso trabalho, preparados para retirar os pontos mais fortes do Arouca e sermos uma equipa mentalmente estável para podermos contrariar o Arouca."
No final do jogo com o Moreirense, foi-lhe colocada a questão relativamente ao aspeto mental da equipa e como ela iria reagir, eventualmente, a uma reação menos amistosa dos adeptos. Como é que isso foi preparado ao longo da semana? "Continuo a responder da mesma forma que o fiz no final do jogo. Temos de estar muito focados no que temos de fazer. Para esperarmos uma reação diferente dos nossos adeptos, temos de ter a capacidade de mostrar dentro de campo e impulsionar e colocar os adeptos do nosso lado. Obviamente que ninguém gosta de ser alvo de reações desagradáveis, mas os responsáveis por essa mesma reação fomos nós. Temos de estar muito concentrados e focados no que temos de fazer. Temos de ser nós a querer e a fazer com que eles nos apoiem e sintam orgulho na equipa que está a jogar. Sentimos isso na primeira parte do último jogo. Quando a nossa dedicação foi máxima, quando tivemos mentalmente no jogo e capazes no jogo, sentimos que houve apoio e entusiasmo de toda a gente. Quando sofremos o primeiro golo, confesso que não senti animosidade. Quando sofremos o segundo, que foi logo a seguir, aí já sentimos alguma coisa. Com a incapacidade de respondermos, sentimos mais as manifestações de desagrado. O nosso trabalho é focar no que temos de fazer, dar e deixar tudo em campo, e representar o Vitória com orgulho e vontade. É isso que temos de fazer."
Está a tocar no aspeto mental, mas inevitavelmente o mercado ainda não fechou. Acha que isso tem trazido ou pode trazer problemas? "Acredito que é mais um fator que temos de lidar. Não fechou e não fecha tão cedo. Fecha para Portugal. Temos de ter a capacidade de sermos profissionais. Sendo mais uma distração que possa existir, temos de ter a capacidade de estar focados aqui e só aqui. O nosso objetivo será sempre entrar no próximo jogo para vencer. Temos de estar de corpo e alma aqui. E só assim conseguiremos estar mais próximos de o conseguir."
O Tomás Handel foi associado ao CSKA Moscovo. Ainda é opção para amanhã? "Não posso dizer muito. Não posso e permita-me que não o devo fazer. O que sei é que os jogadores que entrarem vão estar com a cabeça aqui a determinados a lutarem pelos três pontos. Tudo o resto, será resolvido quando tiver de ser resolvido."