Luís Pinto: "Ninguém pode aceitar o Vitória sem saber a exigência do clube"
Declarações em conferência de imprensa após o jogo Vitória de Guimarães–Arouca (1-1), da quarta jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado este sábado, no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães
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Luís Pinto (treinador do Vitória de Guimarães): “Entrámos bem, a querer demonstrar aquilo que queríamos, a vitória. Temos de conseguir fazer com que melhore. Temos de conseguir trabalhar o facto de sofrer um golo na segunda vez em que o Arouca vai à nossa baliza. Fomos um bocadinho ‘abaixo’. Voltámos a ver o filme do jogo anterior [derrota com o Moreirense, 2-0]. Temos de melhorar essa questão e de responder de forma mais assertiva. Apesar de não ter sido um jogo tão mau como em Moreira, notou-se o receio da equipa na segunda parte. Gostei bastante [do Gonçalo Nogueira e do Miguel Nogueira]. Deram passos firmes para serem titulares no próximo jogo novamente. Não podemos ter três jogos em que não temos o rendimento esperado e não fazer alterações na equipa. Neste jogo, estivemos menos expostos defensivamente. Há um agradecimento [pelo voto de confiança do presidente, António Miguel Cardoso]. Está muito presente no dia a dia, nos treinos. Sabe as decisões que estão a ser tomadas no clube. Agradeço obviamente a confiança. Temos de trabalhar para que a confiança seja muito grande e os resultados desportivos acompanhem. Ninguém pode aceitar o Vitória sem saber a exigência do clube. Temos de continuar muito crentes e fortes no nosso processo. Precisamos de incutir o que é ‘ser Vitória’ aos novos jogadores. Acredito que [a paragem] seja benéfica para criarmos ligações. O ser humano está sempre antes do treinador e do jogador. Temos jogadores jovens pelas seleções jovens e pelas seleções principais. Não vamos estar todos juntos. Acredito que a nossa reação à adversidade vá melhorando”.
Vasco Seabra (treinador do Arouca): “O Vitória entrou melhor do que nós. Apesar de se sentir pressionado, sem um jogo altamente ‘fluido’, criou alguma tensão em nós. Sentimos dificuldade no que somos fortes, que é ter a bola. Tínhamos mobilidade interior, mas o Vitória alterava a pressão. Não encontrámos os espaços certos. Acabámos por respirar quando foi o golo do Vitória. A equipa deixou sair a pressão que estava a sentir. Começámos a ter discernimento com bola e chegámos ao golo. O jogo foi dividido até ao intervalo. Na segunda parte, o Vitória entrou melhor até aos sete minutos. Depois acabámos por ter mais domínio territorial e criámos as melhores oportunidades. Em termos globais, foi um resultado justo. Em função do crescimento, acabámos num bom nível. No jogo do Moreirense, já sentimos que havia a intenção da equipa [Vitória] estar mais vezes a quatro [defesas]. A única coisa diferente foi a solicitação de bola longa do Charles e dos dois centrais. Costumamos fazer uma pressão mais forte com o bloco inteiro e não conseguimos”.