Luís Pinto só terá o nível IV em 2026 e nenhum adjunto tem essa licença, mas ainda há tempo para alterar os regulamentos. O JOGO sabe que o Vitória submeteu um pedido de reunião magna à Liga, abrindo-se a possibilidade de ajustar uma regra que já mereceu fortes reparos da SAD, quando Moreno era coadjuvado por Aroso.
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Luís Pinto ainda não tem o nível IV (UEFA Pro) na habilitação de treinador, pelo que o Vitória volta a confrontar-se com uma situação que não só condiciona a ação do técnico no banco, como acarreta o elevado risco de multas. A não ser, tal como O JOGO explicou ontem, que os regulamentos para 2025/26 sejam alterados. Segundo informações recolhidas pelo nosso jornal, a SAD fez chegar à Liga um pedido de realização de Assembleia Geral, onde este tema poderá ser debatido. Abre-se, pelo menos, a possibilidade de ser aprovada uma mudança que permita ao treinador exercer as funções em pleno.
Luís Pinto tem o grau III e subiu o Tondela à I Liga, situação que lhe permitiria ser técnico principal, à luz do artigo 82.º do regulamento de competições. No entanto, essa alínea, em vigor desde 2022/23, cai se o técnico mudar de clube, situação que também se aplica a Vasco Botelho da Costa, que promoveu o Alverca e transferiu-se para o Moreirense. Ambos estão a completar o curso do nível IV, mas o diploma não chegará antes de abril. Até lá, se não houver uma alteração nas regras e uma vez que nenhum elemento da equipa técnica de Luís Pinto detém o nível UEFA Pro, o Vitória terá de encontrar quem o tenha e integre a equipa - João Costeado é uma hipótese.
A situação já sucedeu com Moreno, que tinha João Aroso a “representá-lo” e chegou até a ganhar o prémio de melhor treinador do mês, em 2022/23. Na altura, Moreno estava inscrito no nível IV, mas ficou de fora da mudança e as multas acumularam-se, situação que deixou o clube “profundamente indignado com a falta de sensibilidade da Liga e da ANTF [Associação Nacional de Treinadores de Futebol]”.