Luís Freire: "Para quem joga pelo título a margem de erro é menor"

Expectativa para o encontro: "A expectativa passa por fazermos um jogo competente, capaz. Vamos à procura da nossa identidade, do que costumamos fazer. Estamos muito focados no nosso jogo e no nosso trabalho semanal e plano estratégico. Posso dizer que todos os jogadores têm dado uma excelente resposta para a estabilidade do Vitória. Muitos deles têm jogado, têm entrado. Por vezes, jogadores saem por algumas limitações físicas, mas quem vem do banco dá excelentes respostas. O grupo tem estado muito unido e focado. Estamos motivados, mas sabemos que temos de continuar com um espírito de sacrifício grande. A época vai longa, são jogos muito exigentes. No entanto, sinto a equipa motivada e temos de executar o que treinamos".

Quem tem mais pressão: "Neste momento a nossa pressão é positiva. O Vitória fez uma grande Liga Conferência. Os jogadores tiveram muito mérito ao longo de toda a época, de saberem recuperar. Relembro que estes jogadores já tiveram três treinadores e mantiveram-se sempre empenhados. É um grupo muito unido, encontrei o grupo sempre muito disponível. Eles chegam a esta fase da época com a possibilidade de voltar às competições europeias. Têm sido inexcedíveis no trabalho diário e é uma pressão positiva para nós estarmos neste momento a lutar por um lugar nas competições europeias. Para quem joga pelo título a margem de erro é menor do que quem joga pela Europa, pois teoricamente perdem menos pontos e menos pontos podem perder. Estamos em quinto lugar porque perdemos alguns pontos, o Santa Clara está em sexto lugar porque perdeu alguns pontos. O primeiro e o segundo classificado têm de perder menos pontos. Sinto uma pressão positiva para amanhã, de querer continuar no registo de vitórias e invencibilidade que dura há algum tempo. Temos de ter uma atitude muito grande para continuar na senda das vitórias".

O Vitória só ainda perdeu um jogo em casa: "Temos feito do fator casa um ponto fundamental na nossa caminhada. Fora de casa também temos feito pontos. Em casa sentimo-nos mais confortáveis, é inegável. Temos um apoio muito grande dos nossos adeptos, que são especiais. Dão muita força e energia. Não é por acaso que a nossa equipa aprece forte nesta fase final da época, já quase com 50 jogos. Porque superam-se, olham para as bancadas e veem-nas cheias, com os adeptos a puxar pela equipa."

Ambiente de críticas à arbitragem: "Eu confio na competência, qualidade e integridade dos árbitros e do que procuram fazer jogo a jogo. Acredito que quem mais quer fazer uma boa exibição e passar ao lado do jogo é o árbitro e a equipa de arbitragem. Confio nos árbitros. Para nós, interessa os jogadores serem os protagonistas. Nem os treinadores, nem os árbitros, que sejam os jogadores a decidir os jogos e os artistas. Que ajudemos a que seja um grande espetáculo, que o público ajude a que seja um grande espetáculo. O árbitro que faça parte disso, acabando o jogo e não tendo influência nenhuma no resultado. Não estou a criar um mau ambiente, não vou comentar. Isso parte para quem torna esse ambiente pior ou melhor, não me compete comentar".

Se Tiago Silva pode jogar: "Não vou revelar as nossas possíveis disponibilidades ou indisponibilidades. Amanhã todos vão ver".

O que espera do jogo: "O que espero do jogo é um jogo bem jogado, taticamente rico, com bons intervenientes em campo. Estamos a falar de uma equipa que tem feito um excelente campeonato por estar nos dois primeiros lugares. E há o Vitória que está cada vez mais forte. Espero bons artistas, um jogo tático, um jogo em que as equipas têm uma identidade forte e gostam de jogar. Temos o nosso plano delineado, temos de ser muito competentes e comprometidos, ter a sensação que podemos ganhar o jogo e lutar para isso. Quero os meus jogadores a entrarem em campo a imaginar o sabor da vitória e a procura-a ao longo dos 90 minutos. Sabemos que vamos ter situações de golo, que vamos poder fazer golos e vamos a isso. Temos a lição bem preparada".

Consistência defensiva do Vitória: "Já jogámos contra os outros adversários dos primeiros lugares e mesmo antes de chegar, o Vitória sempre foi muito competente. Temos uma consistência de jogos sem derrotas e, mesmo contra o Bétis, provámos que temos capacidade para discutir jogos. Estes jogos exigem uma capacidade muito grande de estarem muito reativos na perda da bola e equilibrados. Estes jogos obrigam-nos a ir ao limite. A capacidade tem de passar por sermos iguais a nós próprios".