Declarações após o jogo Rio Ave-Santa Clara (1-2), de preparação para a época futebolística 2024/25, disputado este sábado em Vila do Conde
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Luís Freire (treinador do Rio Ave): “Tivemos um estágio duro [em Melgaço], mas importante para nos conhecermos um pouco melhor. O objetivo para este jogo era tentar dar uma resposta às coisas que queremos trabalhar. Como é lógico, queremos ser uma equipa mais competitiva, agressiva, reativa à perda [da bola] e conectada. Vamos sê-lo, mas é preciso maior frescura e conhecimento das ideias.
Tivemos bons momentos com bola e o golo é um exemplo disso. Temos coisas para melhorar sem bola, mas não dá para fazer tudo ao mesmo tempo, porque estamos a construir uma equipa toda nova. Agora, estamos cheios de vontade, porque temos muito potencial e gente de boa qualidade a chegar ao clube. Há uma base que já fez muita coisa pelo Rio Ave e aqueles que chegarem vão ter de perceber bem a nossa mentalidade.
Estou sastifeito com algumas coisas, mas insatisfeito com outras. Sei que temos de melhorar e temos muito trabalho pela frente, mas faz parte do crescimento da equipa. É preciso muita coragem para refazer tudo outra vez, mas estamos convictos de que, daqui a algum tempo, o Rio Ave vai ser uma equipa bastante forte.
[mudança de dinâmicas face à época passada] Queríamos mais intensidade neste jogo, mas faz parte da pré-época. Há dinâmicas um pouco diferentes no meio-campo e na frente de ataque e acredito que, com as características de alguns jogadores que estão a chegar ao clube, também vamos ver coisas individualmente diferentes. Já estamos a mudar tanta coisa, mas mudar absolutamente tudo não me parece o melhor.
[chegada do reforço Tiago Morais] Dá-nos força no um para um, irreverência pela ala esquerda e desequilíbrio individual, que, por vezes, vai ser preciso em jogos mais fechados. Ele chegou ontem [na sexta-feira], fez um treino ligeiro com a equipa e foi apresentado hoje. Tem de ganhar o seu ritmo e forma, mas acredito que, jogando mais à frente ou como ala, é uma mais-valia muito grande para nós.
A equipa não está completa. Os jogadores precisam de quatro ou cinco semanas de trabalho para estar fisicamente a um bom nível e, depois, há a parte técnica, tática e emocional, de perceberem as ideias e conhecerem os colegas. Os reforços que têm chegado são de qualidade e temos malta que vai crescer com o tempo, Vão chegar avançados, médios e defesas. Não vale a pena estar a dizer se serão três, quatro ou cinco, mas vai chegar gente. É necessário, porque saíram 16 jogadores, incluindo seis ou sete titulares.
Temos um projeto novo de apostar nesta juventude, valorizar ativos e criar uma equipa forte. O objetivo é fazer claramente melhor do que a temporada passada. Andámos a sofrer quase até ao fim e ficámos no 11.º lugar [da I Liga], que é uma classificação aceitável, em igualdade pontual com o 10.º. Queremos ter uma época mais tranquila e acabar na primeira metade da tabela”.