Luís Freire, treinador do V. Guimarães, fez esta quarta-feira a antevisão ao jogo com o Bétis (amanhã, 20h00), relativo à segunda mão dos oitavos de final da Liga Conferência - registou-se um empate 1-1 no primeiro jogo. No treino aberto de hoje, Chucho Ramírez e Bruno Gaspar treinaram integrados sem limitações
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Que esperar deste jogo e se acha que estaremos perante um Bétis mais prevenido a sugerir outro tipo de dificuldades? "Em relação ao que os outros pensam ou não em Espanha, se o Bétis vem mais ou menos relaxado, é algo que não nos cabe controlar e não nos vamos por nesse lugar. De Sevilha conseguimos trazer uma igualdade, não é uma vantagem, está tudo empatado, queremos ter o nosso jogo bem assente no campo. O que tinha de ser estudado, foi bem estudado, sabemos o que temos a fazer, dos processos defensivos e ofensivos às bolas paradas. Estamos perante um adversário de grande qualidade, jogadores e treinador mundialmente reconhecidos. Eles assumiram a candidatura a vencer esta prova. Nada mais sei, tenho confiança que vamos fazer novamente um grande jogo com convicção na qualidade individual e coletiva. Vamos com máxima ambição para este jogo."
Como lê o balneário nesta altura perante momento que pode ser histórico? "O ambiente é bom, tanto pelo que tem acontecido no Campeonato como na Conference. Quem está atrás de objetivos, quem persegue o que quer, estamos em sintonia, com espírito de ambição, união, confiança e energia para lutar pelo que queremos. É um desafio muito grande, oportunidade imensa e estamos mais perto de fazer história. Já vinha de trás também este grande percurso. Estamos conscientes que é uma grande oportunidade para toda a gente, para os adeptos nos apoiarem neste contexto. Temos de viver isto com alegria e muita motivação."
Há quatro meses no Rio Ave e agora aqui a discutir um apuramento aos quartos da Liga Conferência. Como atravessa o tempo? "Não vou falar disso, não é o dia certo para falar do passado. Estou motivadíssimo, feliz e contente. Esta equipa tem mentalidade muito forte, encarna os objetivos do Vitória. Gosto de tudo o que tenho aqui, de com quem estou a trabalhar."
Que dificuldades acarreta este Bétis, no contexto do resultado da primeira mão? "Nós em Sevilha conseguimos aliar atitude coletivo a bom jogo individual. Assim nascem os nossos golos, do outro lado também há essa capacidade, isso é reconhecido. São duas equipas que gostam de jogar, nós temos de manter a nossa identidade, ser o Vitória, ir por aquilo em que acreditamos. Trazer tudo isso para dentro do campo. Em relação ao adversário, tem um estilo ofensivo, já vi os jogos com o Las Palmas e Real Madrid. São duas equipas em fase ascendente, confiantes e com visão de baliza. Temos de jogar para ganhar, só passa quem ganha. Tudo o que vamos fazer é nessa perspetiva, juntos, a saber sofrer mas virados para a baliza rival. Disseram que só fizemos dois remates à baliza em Sevilha, se calhar, teremos de fazer mais desta vez."
Chegando aos quartos, acha que o Vitória pode ambicionar a final? "Não podemos dar passos no futuro, vamos olhar para o jogo de amanhã, que é o próximo e o jogo mais importante. Temos de apelar aos nossos adeptos, não temos a camisola 12, que está guardada para eles. Vamos precisar desse apoio em cada falhanço, em cada aproximação à baliza do adversário. Vamos jogar em casa e teremos Guimarães a apoiar-nos em peso. Foi fantástico o que fizeram em Sevilha e no Bessa. Vamos estar todos unidos, todos direcionados a uma só voz na procura da felicidade."