Antigo internacional português protagonizou uma discussão na rede social X após criticar o dinheiro gasto pelo governo de Pedro Sánchez nas celebrações dos 50 anos do fim da ditadura franquista naquele país
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Luís Figo protagonizou uma discussão e uma troca de insultos no X (antigo Twitter) após ter recorrido a essa rede social para criticar o dinheiro público investido pelo governo de Espanha, liderado por Pedro Sánchez, nas celebrações dos 50 anos desde a morte do ditador Francisco Franco naquele país.
Na base desta crítica esteve o facto de o antigo internacional português, que jogou no Sporting, Barcelona, Real Madrid e Inter na carreira, defender que esse dinheiro seria melhor empregue caso fosse destinado às vítimas da tempestade DANA, que causou um rastro enorme de destruição na Comunidade Valenciana em outubro.
“Que pena me dá que todos os gastos que se vão produzir com a celebração de um morto na história de Espanha, há 50 anos, não sejam utilizados para todos os afetados pelo DANA em Valência, para que saiam o quanto antes desse inferno. O maior problema hoje em dia são os vivos, não os mortos”, escreveu.
Essa publicação motivou uma grande quantidade de reações, com destaque para Roger Heredia, presidente da Associação do Banco de ADN de desaparecidos na Guerra Civil espanhola (1936-1939), antes do início da ditadura franquista (1939-1975), que respondeu com críticas para Figo.
“De ser um grande futebolista a demonstrar que os ricos também podem ter um quociente intelectual discutível. Espanha tem 100 mil desaparecidos em fossas pendentes de que os seus familiares os possam recuperar. O resultado de uma falsa ‘transição’ e do fascismo, ainda presente”, apontou.
Figo não se deixou ficar, retorquindo com sarcasmo: “Claro Roger Hereldia, é melhor procurar mortos, com todo o respeito, do que ajudar os vivos! Qual é o teu quociente intelectual? Tens de ser um fenómeno! Pergunto-te em catalão?”.
A outro internauta que reagiu à sua mensagem inicial com insultos, dizendo: “O maior problema são os porcos fascistas como tu, escória”, Figo atirou: “Fascista? Não gostas que seja rico e isso dá-te inveja, inútil! Escória como tu que não faz nada e vive de subsídios são quem cataloga as pessoas. Se queres trabalho escreve-me e deixa de viver de subsídios”.