Colombiano conta como foi o regresso ao Olival, as sensações de voltar a tocar na bola e ainda o que o plantel tem feito.
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No final da primeira semana do resto da temporada, Luis Díaz contou como foi o regresso aos treinos nos relvados do Olival, das sensações estranhas por não puder cumprimentar os companheiros, à readaptação e ao contacto com a bola. Tudo colocando a segurança em primeiro lugar, assegura. "Os treinos agora, nesta primeira semana, são por grupos. Estamos a trabalhar com oito jogadores, mantendo todas as normas que o clube indica, com máscaras, a desinfeção, evitando os contactos, e guardando as distâncias. Os treinos, mais do que tudo, têm sido de finalização e nos primeiros dias quase não nos aproximámos uns dos outros. É normal. Têm sido trabalhos com bola, de estratégias e movimentos", explicou numa conversa telefónica com o programa "Vbar" da rádio "Caracol", da Colômbia.
Depois de mais de 50 dias confinado em casa e a trabalhar mais o físico, o esquerdino do FC Porto admite que foi estranho voltar ao Olival. "Foi um pouco complicado porque trabalhar em casa não é o mesmo que estar no centro de treinos. Custou muito fisicamente e um pouco também a readaptar a estar com a bola porque quase não a víamos em casa", referiu. Além disso, o colombiano sente falta do convívio. "É o que mais incomoda, não ter esse contacto. Queremos cumprimentar o companheiro e conversar e não se pode, mas faz parte do que estamos a viver", atirou, explicando ainda que a máscara só é usada até à chegada ao Olival. "Depois fazemos a desinfeção das mãos e tiramos para treinar", acrescentou.
"Nos primeiros dias quase não nos aproximamos. É normal. Têm sido trabalhos com bola, de estratégias e movimentos"
A suspensão do campeonato não foi uma boa notícia para a maioria dos jogadores e adeptos, mas até deu jeito a Luis Díaz, que estava parado. "Estou muito bem fisicamente, a lesão está recuperada", garantiu a propósito da rotura muscular na face posterior da coxa direita, sofrida na partida com o Bayer Leverkusen, no final de fevereiro. Acabou por perder apenas dois jogos (Santa Clara e Rio Ave)
Luis Díaz explicou ainda aos seus conterrâneos que o campeonato português está "estipulado" para recomeçar em "finais de maio", mas lembra que "ainda não está confirmado". "Pode acontecer qualquer coisa, estamos atentos", assegurou, referindo-se à evolução da pandemia em Portugal, onde está há dez meses para viver a primeira aventura na Europa. "As coisas foram muito aceleradas, a adaptação foi rápida. O trabalho feito tem-me ajudado a chegar onde estou. No FC Porto aprendi que o futebol aqui é muito mais intenso, corre-se mais, é muito tático e todos têm que ajudar, tenho de ser solidário com a equipa a defender e atacar", referiu.
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