Luis Díaz e Evanilson: época a render 2,2 milhões de euros ao FC Porto
Dragões continuam a tirar dividendos das vendas milionárias do colombiano (45 M€) e do brasileiro (37 M€) para a abastada Premier League
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Numa era em que os proveitos com a transação de passes de jogadores têm um peso significativo para o fluxo de caixa e o equilíbrio orçamental, qualquer encaixe é bem-vindo para o FC Porto, que já garantiu mais dois cheques com vendas de Luis Díaz e Evanilson desde o começo da temporada: juntos, o colombiano e o brasileiro renderam mais 2,2 milhões de euros (M€) pela concretização de objetivos previstos nos contratos celebrados com o Liverpool e o Bournemouth, respetivamente. A maior fatia provém do extremo dos “reds” (2 M€), transferido em janeiro de 2022. No entanto, o atacante dos “cherries”, negociado no mercado de verão, também já começou a produzir dividendos. Mas vamos por partes.
Vendido por um valor base de 45 M€, aos quais poderiam acrescer mais 15 M€ em bónus, o negócio de Luis Díaz atinge nesta altura os 52 M€, depois do impulso que recebeu na última época. Aos 50 M€ registados no final de 2023/24, juntaram-se entretanto mais 2 M€: um milhão correspondente a mais uma fatia de 25 jogos com, pelo menos, 45 minutos de utilização; e outro relativo a mais um patamar de 15 golos marcados. A temporada, contudo, ainda vai a meio, o que significa que o bolo ainda pode crescer. O colombiano está a seis desafios de alcançar mais uma meta, o que representaria automaticamente outro milhão, e o desempenho dos “reds”, que lideram a Premier League, cria boas perspetivas de poderem entregar a mesma verba por se apurarem para a próxima edição da Liga dos Campeões.
Objetivos mais complexos para Eva
No caso de Evanilson as quantias envolvidas são mais complexas e menos avultadas, mas não deixam de ser importantes. O brasileiro foi transferido por um valor fixo de 37 M€, que pode engordar até um máximo de 47 M€ mediante a concretização de determinadas marcas individuais e coletivas. A única alcançada até agora diz respeito a um bloco de 15 jogos com 45 minutos de utilização, que rende no imediato aos dragões 200 mil euros. O exercício repetir-se-á sempre que aquele número for atingido, mas parará assim que a conta atingir um milhão de euros. Além disso, cada internacionalização somada por “Eva” com mais de 45’ significará o encaixe de 100 mil euros, também até se completar 1 M€. O contrato prevê ainda o pagamento de 2,5 M€ por parte do Bournemouth de cada vez que obtiver a permanência na Premier League e o ex-FC Porto realizar 50% dos jogos com 45’ em campo, até um limite de 7,5 M€. Por fim, o apuramento dos “cherries” para a Liga Europa, com Evanilson a cumprir 45’ em 50% dos desafios, representará mais 2M€. Somadas todas as parcelas, o valor final daria 11,5 M€. Contudo, esse foi apenas um mecanismo encontrado pelas duas partes para aumentar a margem de concretização dos bónus, porque os pagamentos cessam assim que a fasquia dos 10 M€ for concretizada.
Conceição, Toni e Carmo nas contas
Seja como for, só no final da temporada se poderá apurar com rigor o valor que o FC Porto pode encaixar com objetivos estipulados no negócio de venda ou empréstimo de jogadores. Isto, porque as operações de Francisco Conceição, Toni Martínez e David Carmo também contemplam este tipo de cláusulas. A Juventus, por exemplo, terá de acrescentar mais 3 M€ aos 7 M€ já pagos pelo empréstimo do extremo se conseguir a qualificação para a Liga dos Campeões, enquanto o Alavés aceitou incluir uma verba de 2,03 M€ no acordo para aquisição do atacante e o Nottingham Forest de 4 M€ no da compra do central, atualmente cedido ao Olympiacos. Nestes últimos casos, porém, os bónus não foram especificados pelas partes.