O FC Porto está prestes a receber uma reforço da nacionalidade mais rentável dos últimos dez anos.
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Primeiro foi Renteria, mas o avançado falhou um golo cantado na Luz e nunca convenceu os portistas, tendo saído pela porta pequena, quase tão depressa como entrou no clube.
Aos 22 anos, Luis Díaz vai chegar ao FC Porto já com algum estatuto na seleção da Colômbia, com oito jogos e um golo. Foi aposta de Carlos Queiroz na Copa América
Serviu como uma espécie de ensaio para o que se seguiria: o FC Porto descobriu o ouro na Colômbia e rentabilizou-o ao máximo nas épocas seguintes, a partir do momento em que contratou Radamel Falcao.
Seguiram-se James Rodríguez, Quiñones, Jackson Martínez e Juan Fernando Quintero. Destes, apenas o segundo, lateral esquerdo, não teve rendimento desportivo nem económico. Agora, cinco anos depois do "Cha Cha Cha" ter sido vendido para a China por 35 milhões de euros, o FC Porto volta a apostar num jogador "cafetero" recuperando um mercado que rendeu 224 golos nos últimos dez anos, mas também quase 140 milhões de euros em transferências.
Como se pode ver na infografia que publicamos abaixo, o Brasil é, sem surpresa, o país que mais jogadores exporta para o FC Porto, mas são os defesas que traduzem uma melhor relação entre o investimento, o rendimento em campo e o lucro. O caso de Éder Militão é o paradigma: chegou barato (sete milhões de euros pelo passe, fez uma temporada de alto nível e saiu por 50 milhões.
As vendas dos colombianos que brilharam no Dragão renderam 139,2 milhões de euros nos último anos. James e Falcao saíram por 45 milhões cada um
Depois, há uma boa relação também no custo/rendimento com os mexicanos, mas a verdade é que nenhum foi, até ao momento, transferido por somas consideráveis. Aliás dois - Diego Reyes e Herrera - saíram a custo zero. Neste defeso há também um regresso ao mercado argentino, com a contratação de Saravia. Um destino que estava "congelado" desde a aposta totalmente falhada em Dani Osvaldo (que também tinha passaporte italiano) em 2015/16.
Voltando a Luis Díaz, o colombiano chega amanhã ao Porto para efetuar os indispensáveis exames médicos e assinar contrato por cinco temporadas, apresentando-se depois à disposição de Sérgio Conceição. O extremo esquerdo esteve até há pouco mais de uma semana ao serviço da Argentina na Copa América pelo que não deverá sentir problemas para acompanhar os ritmos elevados dos treinos no Olival. Para a adaptação não terá qualquer conterrâneo, mas poderá sempre contar com a ajuda de Óliver Torres e de Osório que também falam espanhol e em breve terá a companhia de mais um sul-americano: Renzo Saravia.
Zé Luís entre ilustres cabo-verdianos
Zé Luís, outro dos reforços contratados esta época, tem dupla nacionalidade. É internacional português, mas nasceu em Cabo Verde à semelhança de Rolando que está no Marselha e marcou uma era no Dragão. Assim como outros dois cabo-verdianos, ainda que estes tenham nascido em Lisboa: Ricardo Pereira e Hernâni. O primeiro foi vendido ao Leicester por 20 milhões de euros e o segundo terminou agora contrato e assinou pelo Leganés. Danilo e Manafá, refira-se, também têm dupla nacionalidade. Ambos são guineenses, além de portugueses.
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