Luís Cirilo critica António Miguel Cardoso: "Pedimos informações e ainda não foram dadas"

Luís Cirilo apresentou, esta terça-feira, o programa da Lista A para as eleições do Vitória de Guimarães, ainda sem saber do relatório e contas apresentado pela SAD. O candidato deixou críticas ao momento do emblema da cidade-berço e falou em "instabilidade" no futebol".

"Aparecemos nesta eleições de 1 de março por duas razões, uma positiva, outra negativa. A positiva é que consideramos ter um conjunto de ideias e visão para o Vitória capaz de contribuir para fazer do Vitória maior, o nosso lema de candidatura. Estas eleições foram marcadas com uma pressa inusitada, embora dentro da legalidade. Marcar eleições para o dia 1 num dia em que um mês pode ser até ao dia 31, é insólito e demonstra que quem o fez fez a achar que não ia ter quem o enfrentasse. Ainda assim, enganaram-se", começou por dizer o candidato da Lista A às eleições do Vitória de Guimarães, deixando críticas à liderança de António Miguel Cardoso.

"A parte negativa, é que temos uma visão profundamente crítica do que é o Vitória hoje. Em tempos recentes, António Miguel Cardoso disse que quem criticava deve candidatar-se e cá estamos. Não gostamos da situação financeira do Vitória. Criticamos porque não gostamos do panorama que se vive no futebol, que vive numa instabilidade que nunca se viu, com nove treinadores em três anos e ao desfazer uma equipa em janeiro, que vinha a fazer uma grande campanha. Não há nenhum treinador, por muito bom que seja, que faça milagres. A quebra qualitativa era inevitável. Resultou na queda da nossa qualidade no campeonato. No domingo, empatámos com o pior Braga dos últimos anos e não tenho dúvida que há uns tempos o Vitória teria atropelado o Braga. Tinha hipóteses de ir muito longe nesta Liga Conferência se não tivesse havido esta debandada no plantel. Além disso, o Vitória não fez assim tão bons negócios, o melhor exemplo foi o Kaio César, que é um belíssimo jogador e foi vendido por uma verba irrisória", vincou.

Luís Cirilo garantiu que o programa já estava pronto "há algum tempo" mas que a parte financeira teve de adiar a apresentação de ideias, uma vez que a Lista A não teve acesso a documentos pedidos à direção do Vitória.

"A parte financeira do programa não está pronta porque queremos ser rigorosos e transparentes, precisávamos de ter uma visão clara e atual de qual é a situação financeira do Vitória, o último conhecido é de 30 de junho. Quando no dia 30 de janeiro formalizámos a candidatura, de imediato entregámos ao presidente da assembleia geral uma carta com uma lista de informações que pretendíamos ter. Passados 19 dias, continuamos sem ter informações. Há três anos, António Miguel Cardoso disse que se comprometia a fazer uma auditoria às próprias contas para as listas candidatas poderem ver. Até agora, nada. Publicaram os dados sem nos avisarem, sabendo que íamos apresentar hoje o programa. A Lista B que deixe de ter comportamentos adolescentes e que apareçam aos debates. Não fujam dos sócios", concluiu.