Luís Castro e os assobios: "Há quem pense que jogadores e treinadores são máquinas"

Luís Castro com Pedro Tiba
Luís Castro, após o empate com o Rio Ave, recorda que o Chjaves não perdeu nenhum dos últimos cinco jogos da I Liga
Rio Ave começa melhor: "O que justifica uma entrada menos conseguida do Chaves foi a capacidade que o Rio Ave teve em ter bola e em não nos deixar pressionar como nos queríamos, normalmente está sempre associada uma coisa à outra. O Rio Ave é uma equipa que sabíamos que era uma boa, uma equipa que eliminou o Benfica na Taça de Portugal, que tem sido elogiada por toda a comunicação social. Sabíamos que só o tempo nos iria levar ao equilíbrio no jogo e foi isso que aconteceu. Não é normal jogar-se com uma equipa que queira tanta bola e que aproveita tão bem os espaços que a outra equipa lhe dá, só a partir dos 15 minutos é que conseguimos anular os espaços e, a partir daí, conseguimos equilibrar o jogo."
Justiça sem discussão: "A justiça do resultado não discuto, aceito todos porque a justiça do futebol está nos golos que se marcam e não se sofrem. Uma equipa estar por cima da outra 90 minutos e a outra fazer um golo no último minuto e temos de aceitar, por isso, é que é a modalidade mais vista do mundo e toda a gente é atraída por este fantástico jogo. É a imprevisibilidade no resultado que traz as pessoas ao jogo"
Falhanço de Hamdou Elhouni: "Ainda há pessoas no mundo que pensam que os jogadores de futebol são máquinas, que não tem emoções, e que os treinadores são máquinas, não tem emoções. Eu compreendo que a massa adepta do Chaves queira ganhar todos os jogos e ser campeões nacionais, mas isso não deve levar a alguma proporcionalidade de comportamentos. Começa a haver muitos jogadores marcados pela massa associativa e que começam a não ter capacidade para jogar quando jogam em Chaves. Iisso é algo que a massa associativa deve refletir. Para mim estar debaixo de assobios é igual, agora há jogadores que não tem essa capacidade."
Adeptos e pressão: "Gosto muito de ter adeptos exigentes, mas eu acho que ao longo de um jogo de futebol deve apoiar-se a equipa da qual se é adepto e, no fim, se tiver de se assobiar que se assobie. O treinador está pronto para aguentar essa pressão e, no dia em que não tiver, vira as costas e vai embora. Se o Chaves quer criar um clima de apoio à sua equipa e de adversidade aos seus adversários, acho que tem de apoiar de forma incondicional"
