Presidente encarnado falou com o novo homólogo do Santos e colocou em cima da mesa pagamento em três parcelas.
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O Benfica não desiste da contratação de Lucas Veríssimo e nas últimas horas Luís Filipe Vieira fez, segundo apurou O JOGO, novo forcing junto do Santos para tentar assegurar o central.
O presidente encarnado contactou Andrés Rueda, eleito no último fim de semana novo líder do Peixe, mas que tomará posse apenas a partir de dia 1 de janeiro de 2021, para tentar encontrar uma plataforma de entendimento.
Em cima da mesa está agora a possibilidade de o Benfica pagar os 6,5 milhões já propostos anteriormente em três parcelas: uma de imediato, outra em 2021 e a restante em 2022. Os dois dirigentes discutiram o assunto, situação para a qual Andrés Rueda tinha manifestado disponibilidade, isto apesar de ter classificado a oferta das águias - que o Conselho Fiscal vetou - como um "insulto", precisamente por não concordar com os prazos de pagamento apresentados: o clube da Luz propôs ressarcir o valor até agosto de 2025.
Com o processo de transferência para o Benfica emperrado, Lucas Veríssimo está disposto a ceder de forma a poder ajudar a desbloquear a situação e acelerar a sua mudança para Portugal e para o clube da Luz. Assim, e de acordo com informação avançada pela Imprensa brasileira, que O JOGO confirmou, o central admite sofrer uma redução na parte do negócio a que teria direito com o objetivo de levar o Santos a aprovar a saída, algo que já comunicou ao clube.
Depois de ter abdicado recentemente de cinco por cento do seu passe, baixando, aquando da renovação de contrato, dos 20 para os 15 %, Lucas Veríssimo está preparado para novo corte. Os 15 por cento dar-lhe-iam direito, já em verbas líquidas - e após descontados os juros a pagar para a antecipação dos valores, algo que o Santos pretende efetuar -, a 765 mil euros: 15 por cento dos 5,1 milhões líquidos após a operação financeira. Além disso, a proposta encarnada, de 6,5 milhões de euros brutos, inclui ainda dez por cento de comissão aos agentes do atleta, levando o Peixe a encaixar apenas cerca de 3,8 M€.
Com os responsáveis do Santos - o Conselho Fiscal, que vetou por duas vezes a oferta das águias, e Andrés Rueda, o novo presidente, que, enquanto "conselheiro", como se posicionou, classificou a oferta de "insulto" - insatisfeitos com a proposta, nomeadamente face aos prazos de pagamento, o central aceita assim receber abaixo dos 765 mil euros a que teria direito, de forma a concretizar a transferência para a Luz e poder assim ser orientado por Jorge Jesus, algo que já confessou ser uma ambição.
O Benfica esperava que o novo presidente, Andrés Rueda, agilizasse o processo, mesmo que tomando posse apenas a 1 de janeiro, mas este já se mostrou contra os moldes atuais, prometendo "conversar" a partir do início de 2021. As águias estão na expetativa, mas querem fechar rapidamente o negócio, isto apesar da qualificação do Santos para as "meias" da Taça Libertadores. Ontem, Orlando Rollo, líder do Comité de Gestão e que sempre defendeu a venda do central, deixou um sinal que o Santos poderá tentar atrasar o processo: "Víamos como alternativa a venda de atletas, mas estamos a segurar os jogadores para a próxima gestão. Para a próxima janela é iminente uma saída do Lucas Veríssimo, porque ele quer sair. Mas, se ele vencer a Libertadores, a próxima gestão pode conseguir até um valor maior que o negociado agora", referiu, em entrevista ao portal "UOL Esporte".