Lucas Piazon elogia Di Maria, Akturkoglu e Pavlidis mas não atira a toalha ao chão na receção ao Benfica e acredita num desfecho positivo
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Empate no Casa Pia resultou no primeiro ponto com o novo treinador na antecâmara da receção ao Benfica: “Foi importante conquistar esse ponto com o Daniel Ramos. O jogo foi complicado, começámos praticamente a perder, pois aos dez minutos sofremos o golo, mas reagimos bem. Na primeira parte controlámos mais o jogo, embora sem conseguir chegar com perigo à baliza adversária. Na segunda mantivemos o controlo e conseguimos criar mais perigo no último terço, o que foi importante. Agora, temos que nos focar no próximo jogo, que também será complicado, pois sabemos da qualidade do Benfica. Mas temos alguns dias para nos prepararmos bem para entrarmos fortes no domingo”.
O que tem de mudar frente ao Benfica face algumas entradas menos conseguidas? “Contra equipas como o Casa Pia essas falhas são menos penalizadoras, mas contra Benfica ou FC Porto, é mais complicado. Jogar contra os grandes é sempre um desafio. No jogo contra o Braga, por exemplo, tivemos um bom comportamento na primeira parte. Se conseguirmos manter essa consistência contra o Benfica, e sermos mais eficazes na recuperação da bola, podemos criar perigo."
O momento mais forte do Benfica esta época: “O Benfica está numa série considerável de vitórias consecutivas. Depois da chegada do treinador Bruno Laje têm conseguido bons resultados e mostrado bom futebol. Sabemos que vão tentar uma entrada forte aqui nas Aves, até porque o Sporting deixou escapar alguns pontos e eles estão próximos da liderança. Vai ser um jogo muito difícil, mas temos de estar bem preparados, defender bem e aproveitar as oportunidades quando recuperarmos a bola."
O maior perigo do Benfica: “Acho que atualmente o maior perigo vem do Di María. Está numa grande fase. Também gosto muito do Akturkoglu e do Pavlidis, que também é muito perigoso. Os três têm muita qualidade, mas, se pudesse "retirar" dois jogadores, seriam o Di María e o Akturkoglu. Di María é muito criativo, finaliza bem, faz cruzamentos e dá o último passe. Já o Akturkoglu é rápido e finaliza bem. São os jogadores-chave do ataque do Benfica”.
Onde o Aves pode contrariar o Benfica? “Temos defendido bem, de forma agressiva, e conseguido pressionar alto. Se encaixarmos a nossa marcação e recuperarmos bolas no meio-campo ofensivo podemos criar dificuldades e ter algumas hipóteses”.
A aventura do Aves SAD: “Para mim, tem sido positiva. Começámos melhor do que estamos agora, mas temos feito bons jogos, especialmente fora de casa. No início do campeonato, não pontuávamos fora, mas nos últimos jogos estivemos perto de ganhar e conseguimos pontuar. O foco é manter esta consistência fora de casa e recuperar as vitórias em casa”.
Passou pelo Botafogo, que agora conquistou Brasileirão e Libertadores: “Eu cheguei ao Botafogo numa fase de transformação do clube, mas, no segundo ano, as coisas, em matérias de infraestruturas, já estavam bem, o investimento aumentou e, em rigor, o clube já vinha pensando nos títulos. Com a entrada de um investidor, a expetativa era o clube conseguir alguns títulos, mas estes processos costumam demorar mais um pouco. Acabou por ser mais rápido. Acho que é muito bom para Portugal ter três treinadores (Jorge Jesus, Abel Ferreira e, agora, Artur Jorge) com grande sucesso e reis das Américas."