17 clubes da liga apostam em treinadores portugueses. FC Porto foi a Espanha contratar um homem habituado a ganhar.
Corpo do artigo
O FC Porto é o único dos 18 clubes da I Liga que esta época não será orientado por um treinador português.
Depois de uma época em que apenas venceu a Supertaça, o FC Porto apostou no treinador basco Julen Lopetegui - o único estrangeiro da I Liga - campeão europeu de Sub-19 e de Sub-21 com a seleção espanhola.
Lopetegui, de 47 anos, terá de afastar da memória dos adeptos portistas a época passada, quando a direção azul e branca apostou na contratação de Paulo Fonseca, proveniente do Paços de Ferreira.
Em relação aos outros grandes, o Benfica é o único a apostar na continuidade: Jorge Jesus - aos 60 anos, o mais velho dos 18 técnicos - inicia a sexta época consecutiva na Luz, depois de conquistar todos os títulos nacionais relativos à época passada e perdido a final da Liga Europa, contra o Sevilha.
Por seu lado, o Sporting viu-se forçado a trocar de treinador, com a saída de Leonardo Jardim para o Mónaco. O madeirense pegou na época passada numa equipa em crise (vinda de um inédito sétimo lugar no campeonato) e conduziu-a ao segundo posto, conseguindo discutir o título com o Benfica até às últimas jornadas.
Com a sua saída, o Sporting virou-se para Marco Silva, de 37 anos, antigo jogador do Estoril-Praia, que assumiu o lugar de técnico da equipa canarinha em 2011 e levou o clube da II Liga a duas participações consecutivas na Liga Europa (quinto lugar em 2012/13 e quarto em 2013/14).
Marco Silva terá a tarefa de igualar ou melhorar o resultado de Leonardo Jardim, mas com o Sporting envolvido nas competições europeias, nomeadamente na fase de grupos da Liga dos Campeões, que não jogava desde 2008/2009.
No resto da tabela, são seis os clubes que mantiveram a confiança nas suas equipas técnicas: o Belenenses (com Lito Vidigal), o Gil Vicente (João de Deus), o Arouca (Pedro Emanuel), o recém-promovido Boavista (Petit), o Vitória de Guimarães (Rui Vitória) e o Nacional (Manuel Machado).
O Sporting de Braga contratou Sérgio Conceição, que levou a Académica ao oitavo lugar, enquanto o Estoril, privado de Marco Silva, apostou em José Couceiro, anteriormente no Vitória de Setúbal.
Com a saída de Conceição, a Académica foi buscar Paulo Sérgio (ex-Sporting e APOEL de Nicósia), enquanto o Vitória de Setúbal contratou Domingos Paciência (ex-Kayserispor, Deportivo, Sporting e Sporting de Braga).
Uma das equipas revelação da época passada, o Rio Ave (finalista vencido da Taça de Portugal e da Taça da Liga) contratou Pedro Martins (ex-Marítimo) para o lugar de Nuno Espírito Santo, que se mudou para os espanhóis do Valência. O Marítimo escolheu Leonel Pontes, antigo treinador adjunto de Paulo Bento na seleção nacional.
O recém-promovido Penafiel perdeu Miguel Leal para o Moreirense, também regressado à I Liga. A equipa técnica do Penafiel será liderada pelo treinador mais novo do escalão principal, Ricardo Chéu (33 anos).