Sequeira teve de fintar uma lesão dolorosa na grade costal para estar no jogo da Bulgária.
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Indispensável na defesa a três idealizada por Carlos Carvalhal, Sequeira aproveitou o jogo com o Ludogorets para regressar aos bons velhos tempos, podendo ter sido esse o ponto de viragem de um começo de época azarado, marcado por sucessivas lesões (a última foi um problema na grade costal) e afastamentos forçados.
O defesa está por fim livre de constrangimentos físicos e apresentou-se a um nível bastante elevado na Bulgária, fazendo inclusivamente a assistência para o golo de Ricardo Horta, num movimento (cruzamento rasteiro atrasado em cima da linha de fundo) já muitas vezes visto desde que representa o Braga.
Só nas últimas três épocas, precipitou 22 golos e, por isso, há muito que Carlos Carvalhal torcia pelo reencontro do esquerdino com os grandes jogos. Pelos motivos já apontados, aconteceu apenas à segunda partida completa que somou nesta época, sendo necessário recuar até ao final de julho para encontrar a primeira: na Supertaça, diante do Sporting.
A partir daí, começou a via sacra de Sequeira e um problema inesperado para o treinador dos arsenalistas, obrigado a formar o setor defensivo com três centrais de raiz, quando a sua preferência vai para a conjugação de dois centrais com um lateral-esquerdo. É que, na altura em que Sequeira começava a figurar entre as baixas, também Francisco Moura ainda recuperava de uma lesão de longa duração, pelo que Carvalhal teve mesmo de compensar essas ausências com adaptações em alguns jogos. O cenário mudou, porém, neste mês (Francisco Moura também voltou a ser opção) e o jogo com o Ludogorets foi praticamente um regresso à normalidade.