A Liga emitiu um comunicado para esclarecer o plano de retoma do futebol profissional, incidindo sobre o tema da presença de adeptos nas tribunas e camarotes dos estádios. Em relação às críticas do Benfica, a entidade refere que não vai "esgrimir acusações públicas com um dos seus associados".
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A Liga fez neste sábado um esclarecimento do plano de retoma do futebol profissional, incidindo na questão da presença de adeptos nas tribunas e camarotes dos estádios. A entidade explica quais são as condições para a presença de pessoas nos espaços referidos e, posteriormente, refere que "em nenhum momento se considerou a presença de sócios ou adeptos, mas sim o estipulado regulamentarmente e a orientação deste espaço para a presença de entidades regulamentares e/ou protocolares".
"Qualquer interpretação distinta da que aqui está descrita é abusiva e desenquadrada daquilo que ficou acordado com as Sociedades Desportivas", pode ler-se na nota divulgada.
A fechar, o organismo responsável pelo futebol profissional em Portugal "responde" às críticas que o Benfica fez também neste sábado, dizendo apenas que "como tem sido seu tom ao longo das últimas épocas, não irá esgrimir acusações públicas com um dos seus associados".
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Comunicado na íntegra:
"No passado dia 7 de Setembro a Liga Portugal divulgou, ao abrigo do n.º 2 do artigo 2.º do Regulamento da Federação Portuguesa de Futebol - Retoma da Prática Competitiva de Futebol, Futsal e Futebol Praia, COVID-19, e nos termos da disposição transitória 1.ª do Regulamento das Competições organizadas pela Liga Portugal (RC), o Plano de Retoma do Futebol Profissional.
Tal Plano foi elaborado em conjunto pela Liga Portugal com os Departamentos Médicos e os Departamentos de Futebol de todas as Sociedades Desportivas.
O referido plano contempla, além do mais, as orientações relativas à organização dos jogos das competições profissionais da época desportiva 2020-21, que integram as normas e procedimentos estabelecidos na orientação 036/2020 da Direção-Geral da Saúde, que qualificou o futebol como uma atividade de risco médio.
A Liga Portugal remeteu para a Direção-Geral de Saúde o plano em causa e não recebeu daquela entidade qualquer reparo ou recomendação de melhoria ao documento.
No ponto 2.6, do anexo I, do referido Plano exarou-se que:
2.6. TRIBUNAS E CAMAROTES
• Tribuna Presidencial com uma lotação máxima de 50%;
• Tribunas Presidenciais devem garantir lugar para:
- Os elementos regulamentarmente previstos para a equipa visitante;
- 2 elementos máximo FPF (observador e observador de seleções);
- Representantes da Liga Portugal em funções ao jogo.
Ora, resulta claro que na ocupação da Tribuna Presidencial, em nenhum momento se considerou a presença de sócios ou adeptos, mas sim o estipulado regulamentarmente e a orientação deste espaço para a presença de entidades regulamentares e/ou protocolares, aliás como tivemos oportunidade recente de verificar nos jogos da UEFA Champions League, realizados no nosso país, onde foi visível a presença das mais diversas representações protocolares e institucionais.
Qualquer interpretação distinta da que aqui está descrita é abusiva e desenquadrada daquilo que ficou acordado com as Sociedades Desportivas.
Como é do conhecimento público, a Liga Portugal tem agendada para o próximo dia 2 de Outubro uma reunião com a Secretaria de Estado da Saúde e a Direção-Geral da Saúde, para a continuidade do debate sobre a integração faseada de público nos estádios e onde será também abordada a possibilidade de ocupação de zonas corporate do estádio, algo que não se encontra permitido no plano de organização de jogo em vigor.
Por último, e em relação às considerações expressas no comunicado hoje publicado pelo Sport Lisboa e Benfica, Futebol SAD, a Liga Portugal, como tem sido seu tom ao longo das últimas épocas, não irá esgrimir acusações públicas com um dos seus associados."